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Saúde
Segunda - 05 de Dezembro de 2016 às 08:14
Por: Yuri Ramires/Mídia News

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Marcus Mesquita/MidiaNews
O nefrologista Jonathan Ferold, do Centro Nefrológico de Cuiabá
O nefrologista Jonathan Ferold, do Centro Nefrológico de Cuiabá

As doenças renais – que podem custar a perda das funções do órgão – chegam de maneira silenciosa, uma vez que não costumam manifestar sintomas. Quando eles aparecem, é um sinal de que a doença já está avançada.

Quem explica é o nefrologista Jonathan Feroldi, que há três anos atua no Centro Nefrológico de Cuiabá, no Bairro Goiabeiras.

“Muita gente desconhece o real papel do rim. Mas ele tem vários dentro do organismo. O principal é de filtrar o sangue, tirando as impurezas e as eliminando pela urina. Ou seja: ele joga o excesso de líquido, de sal, mas ainda controla o metabolismo ósseo e o hematológico”, explicou.

Sendo assim, segundo o médico, o rim possui uma função essencial que contribui na qualidade de vida das pessoas. “Um paciente com o rim que não funciona como deveria vai sofrer com problemas de pressão alta, inchaços, problemas de coração, podendo até mesmo sofrer derrames. Então é um órgão essencial para a qualidade de vida”.

Por isso, os cuidados são básicos e claros. Tal como o de beber bastante líquido durante o dia, e claro, urinar a mesma quantidade.

“A gente tem que urinar a quantidade de líquido que ingeriu. Se a pessoa ingere dois litros de água, tem que urinar algo próximo dessa quantidade. Ou seja, urinar pouco ou muito também significa que algo não está normal.

“Então, se a pessoa está urinando pouco, mesmo tomando bastante água, ele pode ter um grau de disfunção renal e vai começar a reter líquido. O mesmo vale para quem urina muito. Muita gente pensa que se está urinando muito é porque está tudo bem. Mas isso não é normal”.

Observar a urina é muito importante. Segundo Feroldi, é dessa forma que podemos perceber que algo pode estar acontecendo com o rim e a saúde.

“Mais escura, com sangue, retração no volume, ardência, tudo isso deve ser observado. A urina saudável deve ter o tom claro, amarelado – tirando a primeira urina do dia, que é sempre mais escura devido a filtragem que ocorreu durante o sono”.

Marcus Mesquita/MidiaNews

Nefrologista - Jhonatan

Dores nas costas nem sempre são sinais de doenças renais, afirmou Feroldi

Sintomas

É importante saber que, quando se apresentam sintomas, é porque a doença já está avançada.

Dores nas costas, por exemplo, nem sempre são sinais de doença renal. “Muitos pacientes que vêm ao consultório com quadro de dor lombar nem sempre têm problema renal. Mas pode ser sim”.

As dores, segundo o médico, podem ter diferentes níveis, podendo ser intensas e chegarem a lembra a dor do parto. “É uma das piores dores. Quem já teve sabe como é”.

Segundo Feroldi, uma pesquisa americana constatou que ao menos 35% da população sofre com algum tipo de doença renal.

Só em Cuiabá, o nefrologista cita que ao menos 600 pacientes precisam de um transplante de rim, procedimento que não é feito em Mato Grosso.

Cuidados

O médico explicou que algumas doenças renais exigem um cuidado específico. Mas, em geral, ol importante é mudar hábitos alimentares e de vida para evitar problemas no órgão.

“Diferente de um movimento aí que pede para que a pessoa coma bastante proteína, o paciente deve comer menos proteínas e evitar o uso de vitaminas em grande quantidade”.

Outros fatores importantes são os já citados para prevenir outras doenças, como evitar cigarro, álcool, dormir bem, ter uma rotina de cuidados pessoais, bem como sempre se consultar com um médico.

“O stress pode aumentar a probabilidade de desenvolver uma doença renal. Já que uma vida corrida de uma pessoa que esquece de se alimentar, de fazer uma atividade física, de tomar bastante líquido, acaba trazendo prejuízos a longo prazo”.

Os cuidados devem ser tomados em qualquer idade. As crianças devem começar ainda na pediatria. Os jovens adultos devem buscar um médico ao menos uma vez por ano.

Marcus Mesquita/MidiaNews

Nefrologista - Jhonatan

O rim possui vários papeis no organismo, entre eles, filtrar o sangue

Exames laboratoriais ajudam no diagnóstico e qualquer médico pode solicitá-lo, seja por exame de urina ou de sangue.

“Não tem muito segredo. É só levar uma vida saudável e cuidar dos problemas que já apareceram. Importante que não é mais possível reverter e curar um rim que já teve suas funções afetadas. O que podemos fazer é ajudar a evitar que o outro rim pare de funcionar”.

Por isso, o médico alerta que ingerir líquidos durante o dia é fundamental. “Nossa rotina é corrida. Acabamos esquecendo de nos cuidar, de fazer xixi quando dá vontade, de beber água quando dá vontade. O rim sente qualquer problema no nosso corpo. Por isso, quando dê vontade, vai, faz o xixi, bebe a água. Tem que ir”, finalizou.





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