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Saúde
Quarta - 07 de Dezembro de 2016 às 15:54
Por: Veja.com

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O novo dispositivo funciona a partir de uma toca que identifica sinais elétricos cerebrais e o movimento dos olhos e envia sinais a um computador que controla a luva anexada à mão do paciente. (Mario Cortese/AP)
O novo dispositivo funciona a partir de uma toca que identifica sinais elétricos cerebrais e o movimento dos olhos e envia sinais a um computador que controla a luva anexada à mão do paciente. (Mario Cortese/AP)

Cientistas alemães desenvolveram uma mão robótica que facilita a vida de tetraplégicos. O dispositivo funciona como uma espécie de luva que, controlada pelo cérebro, permite que pessoas com lesões na medula espinhal realizem atividades cotidianas como segurar um copo ou um talher.

A prótese, considerada de baixo custo, foi testada em seis pacientes na Espanha. Todos tinham um tipo de tetraplegia que afeta a capacidade de segurar ou manipular objetos. Os resultados do estudo, publicados terça-feira no periódico científico Science Robotics, mostraram que, com o novo dispositivo, os participantes conseguiram realizar atividades cotidianas com mais facilidade.

Embora a utilização de princípios da robótica para ajudar pessoas com deficiência física não seja nova, a maioria dos sistemas disponíveis hoje podem causar problemas de saúde, custam caro ou são pouco práticos no dia a dia.

O novo equipamento é composto por uma espécie de toca que mede a atividade elétrica do cérebro e o movimento dos olhos dos usuários e envia sinais sinais para um computador que controla a luva anexada à mão.

Foram necessários apenas dez minutos para os participantes aprenderem a usar o sistema. “Os participantes, que antes haviam expressado dificuldade em fazer tarefas cotidianas sem assistência, classificaram o sistema como confiável e prático, e não indicaram desconforto algum durante e depois do uso”, afirmaram os pesquisadores.

O sistema, contudo, também tem limitações. Por exemplo, os usuários precisavam ter a habilidade suficiente para mover os ombros e os braços. Além disso, a montagem do sistema exige a ajuda de outra pessoa.

Segundo Surjo R. Soekadar, líder do estudo e neurocientista do Hospital Universitário Tuebingen, na Alemanha, o sistema, que também pode ser útil para pacientes em reabilitação, deverá chegar ao mercado dentro de dois anos e custará entre 18.000 e 40.000 reais.





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