Trio de adolescentes é condenado por assassinato de padre em Rondonópolis
A juíza Maria das Graças Gomes da Costa responsabilizou legalmente três menores pelo assassinato do padre João Paulo Nolli, 35, em Rondonópolis (212 quilômetros de Cuiabá). Eles terão que cumprir pena em medida sócio educativa até cumprirem 21 anos cada um e passarão de passar por avaliações psicossociais a cada seis meses.
“Rigorosamente dentro do prazo legal, o processo foi sentenciado, sendo reconhecida pelo Juízo da Infância e da Juventude a responsabilidade dos três adolescentes envolvidos na tragédia, os quais deverão se submeter à medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado, com avaliações psicossociais a cada seis meses, valendo consignar que, de acordo com a ordem legal vigente, as medidas socioeducativas cessam quando seus destinatários atingem 21 anos de idade”, informou o promotor Ari Madeira Costa, através de seu Facebook.
O assassinato do padre João Paulo Nolli, 35 anos, gerou comoção em diversas cidades de Mato Grosso. Em nota, assinada pelo Bispo Dom Juventino Kestering, a Diocese de Rondonópolis-Guiratinga lamentou o assassinato do padre e classificou o episódio como um ato brutal. João Paulo nasceu em Andirá, diocese de Cornélio Procópio e ingressou no seminário da Congregação da Copiosa Redenção onde fez o ensino médio.
Morando em Juscimeira (158 km de Cuiabá), ele fez o processo de ingresso no Seminário diocesano de Rondonópolis-Guiratinga. Concluiu seus estudos de filosofia e teologia no Sedac, em Várzea Grande e recebeu a formação no Seminário Maior Jesus Bom Pastor. Concluídas as etapas de formação ordenou-se diácono em 2007 e seis meses depois concluiu a ordenação presbiteral, em Rondonópolis.
Em 2010, o padre foi nomeado pároco da Paroquia São José Esposo, atividade que exerceu até o dia de seu falecimento. Durante seis anos, ele fez diversos trabalhos em prol da comunidade. Além disto, tinha um programa de uma hora, chamado “Deus cuida de mim”.
O caso
De acordo com o promotor Ari Madeira Costa, os três adolescentes estavam no shopping da cidade e depois foram a um bar, aonde beberam. Depois, seguiriam por um longo percurso a pé, quando fizeram uso de drogas. Nesse caminho, eles pegaram uma carona com o padre e foi quando decidiram assaltar a caminhonete. Contudo, um dos adolescentes já teria prestado serviços na paróquia e por isso o medo de serem reconhecidos e a decisão pelo assassinato. O padre chegou a lutar pela vida e conseguiu fugir do carro, mas foi capturado e morto.
De acordo com o promotor, as quebras de sigilos telefônicos comprovam que nunca houve contato entre o padre e os criminosos anteriormente.
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