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Economia
Terça - 03 de Janeiro de 2017 às 18:25
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Embarque em volume físico foi recorde, mas desvalorização do dólar frente ao real, pesou contra saldo anual
Embarque em volume físico foi recorde, mas desvalorização do dólar frente ao real, pesou contra saldo anual

Mato Grosso vendeu mais e faturou menos. Assim pode se resumir o desempenho das exportações estaduais em 2016, ano em que o Estado movimentou no comércio exterior volume recorde de mais de 36 milhões de toneladas e ainda assim, em razão da taxa de câmbio – desvalorizada em relação ao real – o faturamento acabou ficando -3,69% abaixo do que foi o exercício 2015. Conforme dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Mato Grosso faturou no ano passado US$ 12,58 bilhões contra US$ 13,07 bilhões nos doze meses de 2015. Em volume físico embarcado, foram 35,61 milhões de toneladas, para atuais 36,07 milhões.

O saldo da balança comercial também teve leve redução. Em 2016, Mato Grosso encerra o exercício com US$ 11,40 bilhões ante US$ 11,73 bilhões em 2015. Novamente, Minas Gerais e Mato Grosso junto, respondem por mais de 50% do saldo da Balança brasileira que no ano passado fechou em US$ US$ 47,7 bilhões. O saldo da Balança é o resultado das exportações menos as importações.

Dezembro teve um dos piores desempenhos para o mês dentro da série estadual do MDIC ao faturar US$ 510,77 milhões, quase 46% menos que os US$ 1,12 bilhão registrado em igual mês de 2015. A soja em grão foi, novamente, a commodity de maior valor da pauta estadual. Foi a responsável pela maior fatia dos US$ 12,58 bilhões, participando sozinha com US$ 5,60 bilhões (44,53%) e 15,22 milhões de toneladas. No entanto em relação ao ano passado, a soja, assim como as demais commodities, exibe perdas financeiras, com saldo em dólar anual 0,55% menor.

A segunda commodity com grande movimentação em negócios e em volume foi o milho. Responsável por 19,10% do faturamento global da pauta de 2016, o cereal faturou US$ 2,40 bilhões ao embarcar 14,31 milhões de toneladas, mas o resultado ficou -3,94% abaixo do contabilizado em 2015.

Entre as principais commodities de 2016, o algodão foi o grande destaque, ampliou cifras e volume físico e com isso a participação no total da pauta mato-grossense, passando de 5,87% no exercício 2015 para 6,61% em 2016. Conforme o MDIC, o segmento faturou US$ 832,03 milhões ante US$ 486,72 milhões, ganhou anual de 8,36%.

Importante na pauta estadual, as carnes bovinas, fecharam o ano com saldo negativo, a receita foi a que mais encolheu entre as principais commodities, mais de 21%. A participação no total faturado pelo Estado passou de 6,94% em 2015 para 5,66%, encerrando o ano com US$ 712,04 milhões. Em 2015 haviam sido US$ 907,42 milhões.

Em relação aos principais parceiros comerciais, a China segue como o maior, responsável por quase 30% de tudo que o Estado vendeu ao longo de 2016. Ou seja, dos mais de US$ 12,58 bilhões faturados, US$ 3,76 bilhões foram negociados com os chineses, que em grande maioria compraram soja em grão do Estado. Além da China, Mato Grosso teve como importantes parceiros, pela ordem: Irã, Países Baixos (Holanda), Indonésia e Tailândia.

IMPORTAÇÕES – As compras realizadas pelo Estado somaram ao longo de 2016, US$ 1,18 bilhão, cifras 10,96% abaixo dos US$ 1,33 bilhão registrados em 2015. A redução se deve ao freio na compra de produtos como o gás natural, que caiu em mais de 92% e sobre a aquisição de insumos para a agricultura como cloreto de potássio (-13,81%) e a importação de máquinas agrícolas (-30%).





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