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Economia
Quinta - 19 de Janeiro de 2017 às 06:41
Por: Diário de Cuiabá

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Os consumidores ainda estão cautelosos na hora de ir às compras e somando-se a isso, o crédito restrito, o resultado não poderia ser outro: queda na Intenção de Consumo das Famílias. Em Cuiabá, o índice Geral mostrou queda de 1,7 ponto em janeiro (77,7 pts), frente a dezembro, quando o ICF registrou 79,4 pontos. Ambos os resultados demonstram insatisfação, já que o índice vai de 0 a 200, sendo 100 a fronteira entre satisfação e a insatisfação.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio/MT), Hermes Martins, comentou os resultados. “A economia ainda está abalada com os reflexos de uma crise que atingiu o nosso país, no entanto, temos perspectivas melhores para 2017 em relação aos últimos dois anos. Sabemos que é um processo que leva tempo. Temos um ano todo pela frente, e aguardamos a estabilização da economia para, a partir daí, vermos o comportamento do consumidor e do empresário voltar a ser otimista”.

A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada ontem, pela entidade estadual, mostra também um dado interessante. Para as famílias cuja renda é superior a dez salários mínimos, a melhora na Intenção de Consumo em janeiro foi significativa. O ICF para essa parcela da população cuiabana passou de 82,2 pontos, para os atuais 93,9 pontos. São 11,7 pontos a mais de um mês para outro.

NO BRASIL - O ICF nacional mostrou 76,2 pontos em janeiro de 2017, o resultado inferior à média cuiabana, e indica uma percepção de insatisfação com as condições correntes e, embora tenha se mantido estável na comparação mensal, apresentando uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Para CNC, os indicadores de confiança estão registrando estabilidade, mas essa melhora ainda não foi efetivamente transformada em vendas, sobretudo devido ao custo elevado do crédito, ao desemprego e à queda da renda. A queda do número de trabalhadores com carteira assinada, a menor massa de rendimento e a alta taxa de juros contribuem para o recuo na venda de itens não essenciais como bens duráveis e semiduráveis. O consumidor está cauteloso, evitando criar dívidas, explica a assessora econômica da Confederação, Juliana Serapio.





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