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Quinta - 19 de Janeiro de 2017 às 06:56
Por: Rodivaldo Ribeiro/DC

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Garimpo na região de Pontes e Lacerda: desocupado
Garimpo na região de Pontes e Lacerda: desocupado

Os cerca de 40 homens das forças de segurança pública que foram até o município de Pontes e Lacerda (distante cerca de 480 quilômetros de Cuiabá) não encontraram nenhum dos 50 homens fortemente armados que eram descritos pela imprensa e a própria Secretaria de Segurança Pública (Sesp) há cerca de quinze dias, descrevendo um quadro onde esses bandidos estariam “tocando o terror” na cidade.

No lugar dos superbandidos armados, o que havia na verdade eram cerca de 20 garimpeiros que fugiram correndo para dentro da mata assim que avistaram a aproximação dos policiais.

Entre estes, havia agentes da Polícia Federal e homens da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil e da Polícia Militar de Pontes e Lacerda.

Coronel-PM que fez parte da ação, Edson De Caril afirmou que tudo correu tranquilamente, não havendo nem confronto nem prisões.

O procedimento utilizado contribuiu para isso, argumentou o coronel, citando a montagem de barreiras em todos os acessos à Serra da Borda, onde está localizado o garimpo, além do reconhecimento da área pelos homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Cuiabá, que foram até lá em amparo à PM local. “Feito o reconhecimento pelo pessoal do Bope para ver se o grupo armado ainda se encontrava lá, nada foi localizado”, contou.

A área vem sendo ocupada por garimpeiros vindos de todo lugar do Brasil há cerca de um ano e meio. Desde então, passa por desocupações perpetradas pelo Estado e governo federal. A última vez que foi invadida foi dezembro do ano passado.

Na ocasião, as autoridades locais pediram auxílio ao governo do estado porque o lugar estaria sendo controlado por bandidos provenientes de assaltos do chamado novo cangaço fortemente armados e liderados por uma mulher. Mas as patrulhas pelo local não encontraram nada além de boatos.

Não havia nenhum tipo de maquinário nem veículo, só pouca gente e algumas barracas. Os policiais responsáveis por essa varredura já deixaram o local. Agora, quem irá ocupar o garimpo ou serão forças federais ou a empresa designada pelo governo federal para fazer a exploração do ouro encontrado no lugar.

As informações anteriores davam conta de um grupo armado controlando a extração de ouro e que cobrava de 30% a 50% sobre o que fosse extraído de lá, mas esse bando já teria saído logo após a chegada das forças policiais.

Desde o quinto dia de janeiro, 32 dos profissionais enviados pela Sesp começaram a atuar na cidade e região para garantir a segurança da região. Secretário da Sesp, Rogers Jarbas disse que tinha um planejamento pronto para reintegração de posse, mas isso só seria feito a partir de uma ordem do Ministério da Justiça, que deveria garantir a posse federal da área.





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