México mira Brasil após medidas polêmicas de Trump, afirma Maggi
As mudanças realizadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começam a surtir efeito no Brasil. Grande cliente dos Estados Unidos com cerca de US$ 30 bilhões gastos em importações de commodities, o México já negocia com o Brasil a abertura de portos. A afirmação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi.
Na semana do dia 22 de fevereiro o ministro da Agricultura do México, José Eduardo Calzada Rovirosa, estará no Brasil para tratar de assuntos de importação de grãos brasileiros.
Em entrevista a Rádio Capital FM, situada em Cuiabá, Blairo Maggi afirmou que tem percebido nas movimentações que o presidente Donald Trump tem feito nos Estados Unidos "está deixando outros países agrícolas que são parceiros deles, que são grandes compradores, em estado de alerta".
Maggi declarou que tais decisões de Trump, como a retirada dos Estados Unidos do Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP, sigla em inglês), tem feito crescer a procura de outros países para conversar com o Brasil.
"O México sempre foi um grande comprador de alimentos dos Estados Unidos na ordem de US$ 30 bilhões por ano e há muitos anos ele não queria negociar com o Brasil acordos sanitários para podermos exportar para eles. E, depois dessa mexida, nesse tabuleiro que o Trump está fazendo, muitos países já nos procuraram e notadamente o México já está com uma missão no Brasil", salientou Maggi.
Em entrevista ao Agro Olhar no mês de dezembro, o ministro Blairo Maggi disse que 2017 seria um ano de dar continuidade aos trabalhos que o Ministério vem realizando. Segundo o ministro, ele está "tendo esse cuidado de reabrir ou de provocar novos mercados, porque sei que alguns sempre entram e outros sempre saem".
"Loucura" de Trump
Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, as decisões tomadas por Donald Trump nos Estados Unidos "não diria loucura, mas no caso ele está colocando o governo dentro da plataforma que ele propôs durante as eleições e isso incomoda muita gente e vai surgir oportunidades. Acho que vai gerar oportunidades, mas temos que ficar atentos para capturá-las".
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