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Economia
Domingo - 12 de Fevereiro de 2017 às 06:12
Por: Diário de Cuiabá

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Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que quase metade (46%) dos brasileiros atrasou ou deixou de pagar pelo menos uma conta em 2016.

Apesar disso, o percentual é menor do que em 2015, quando 53% admitiram ter pagado alguma conta depois do prazo. As contas mais comprometidas em 2016 foram: cartão de crédito (19%), conta de luz (17%) e internet (13%, com aumento de 4 pontos percentuais em relação a 2015).

José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil e do portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, destaca que é preciso planejamento para conseguir pagar as contas em dia e manter uma vida financeira equilibrada. “Podemos notar que as contas com o pagamento atrasado se repetem ano após ano. Para um planejamento adequado, é necessário mapear todas as contas fixas. Evitar utilizar o cartão de crédito também pode ajudar, uma vez que esta modalidade possui altas taxas de juros pelo atraso no pagamento, que podem rapidamente levar ao superendividamento”, orienta.

Considerando as pessoas que deixaram de pagar ou atrasaram o pagamento de contas nos últimos 12 meses, 65% tiveram ou estão com o nome incluído em algum serviço de proteção ao crédito, sobretudo entre as classes C, D e E (69%). O número total teve uma queda de 3 pontos percentuais em relação a 2015, quando era de 68%. Quando se trata dos entrevistados negativados nos últimos 12 meses, somente 15% conseguiram regularizar a situação e 50% ainda estão negativados.

Segundo o último relatório de inadimplência divulgado pelo SPC Brasil e CNDL, ao final de 2016, 58,3 milhões (39%) da população brasileira adulta estavam registrados em listas de inadimplência.

NEGATIVADOS - Nove em cada dez brasileiros que são negativados mudam a forma de administrar os gastos após terem o nome sujo. Dos entrevistados que já estiveram com nome sujo pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, 89% garantem ter mudado ao menos uma atitude na forma de administrar as finanças. Agora, 34% dizem que pensam muito antes de comprar algo, 30% começaram a controlar todos os gastos e 27% só compram se podem pagar à vista. Há também 24% que deixaram de emprestar o nome para terceiros, 23% que evitam utilizar o cartão de crédito e até mesmo 11% que cancelaram os cartões.

Para Vignoli, “as mudanças no comportamento das pessoas são positivas, mas devem ser definitivas, para evitar nova negativação. Atitudes financeiras responsáveis devem ser adotadas independentemente de estar com o nome sujo”.





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