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Policia MT
Quarta - 22 de Fevereiro de 2017 às 12:31
Por: RD News

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O líder do Bloco Moderador, senador Wellington Fagundes (PR), afirmou que as pessoas estão morrendo por falta de decisão política na saúde de Mato Grosso, em recado ao governador Pedro Taques (PSDB). A fala do republicano foi feita nessa segunda (20), durante evento da Comissão Especial de Obras Inacabadas.

“No Pronto-Socorro de Cuiabá há pessoas, nas macas, nos corredores, parecendo um campo de guerra. É um sofrimento inaceitável, a população está morrendo por falta de decisão, do investimento necessário a ser feito naquelas unidades hospitalares do Estado”, criticou.

Nesse sentido, Wellington pontuou que Cuiabá já possui um “estoque” de obras inacabadas, e com a falta de repasse do recurso por parte do governo estadual as obras do novo pronto-socorro poderão ser paralisadas. “No final da gestão do ex-prefeito Mauro Mendes (PSB), que tinha apoio do governo, a construção chegou a ter 700 funcionários e o ritmo teve que ser reduzido a 20 trabalhadores. Ou seja, fez de conta que estava trabalhando”, salientou o republicano ao insinuar que há boicote ao prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), que é oposição ao governo.

O senador observa que até o momento os repasses do convênio não foram regularizados e que o prefeito busca entendimentos para evitar uma atitude mais drástica.

Assessoria

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Senador Wellington Fagundes volta a criticar administração do governador Pedro Taques na saúde

Na semana passada, deputados e senadores voltaram a discutir os investimentos a serem feitos no Estado com os recursos das emendas impositivas aprovadas no Orçamento Geral da União. Do valor garantido, R$ 80 milhões estão previstos para serem investidos na aquisição de equipamentos para o novo Pronto-Socorro Municipal.

Ao defender que os recursos das emendas sejam utilizados pela prefeitura, ao invés de serem repassados ao governo, Fagundes apelou para que não se repita o que o governador Pedro Taques falou há poucos dias: "Ah, esse quer ser o pai da obra; aquele outro quer ser o pai da obra", quando disse que não permitirá que outras pessoas se autodenominem “pai” da obra. “Agora que o filho está bonito, aqui no hospital e Pronto-Socorro que nós estamos construindo, todo mundo quer ser pai e mãe, mas é bom que possam entender que não vamos permitir madrasta e padrasto nesse hospital público que estamos construindo”, disse Taques à época.

Segundo o senador, a população não quer saber quem será o pai da obra. “A sociedade está cobrando porque as pessoas estão morrendo por falta de decisão política, por falta de aplicação dos recursos, sendo que há recursos parados na conta do Estado há mais de dois anos”, lamenta.

Audiência pública

O senador também confirmou a realização em Cuiabá – em data a ser definida – de uma audiência pública da Comissão Especial de Obras Inacabadas. Ele ressaltou que o fato de Mato Grosso ter sido uma das sedes da Copa do Mundo havia esperança de que ficasse um grande legado para a população mato-grossense.

Wellington destacou que muitas obras foram conquistadas, mas o atual governo decidiu que deveria paralisar todas as obras para fazer as auditorias. “Isso é um direito de cada governo. Só que já passaram dois anos, e essas obras, muitas delas lá, continuam inacabadas, paralisadas”, frisou.

O parlamentar lembra que fazer auditoria é um papel principalmente do Ministério Público e do Tribunal de Contas. “E quem foi eleito para governar tem que ter o papel de administrar, tocar as obras, tocar o Estado em frente, trazer novas esperanças e novas expectativas. Se existiu algum problema no passado, seja na sua licitação, seja na execução da obra, cabe ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas buscar reparar, cobrando através da Justiça a reparação”, lembra.

Outro lado

A reportagem do tentou contato com o secretário de comunicação, Kleber Lima, no entanto, não houve retorno até publicação da matéria.





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