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Economia
Terça - 07 de Março de 2017 às 11:42
Por: Veja.com

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Empobrecimento da população levou à redução do consumo das famílias, que caiu 4,2% em 2016 (Paulo Whitaker/Reuters)
Empobrecimento da população levou à redução do consumo das famílias, que caiu 4,2% em 2016 (Paulo Whitaker/Reuters)

O PIB per capita – divisão do PIB pelo número de habitantes – caiu 4,4% em 2016, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2015, o PIB per capita havia caído 4,6%, para uma queda do PIB de 3,8%

Com isso, de 2014 a 2016 o PIB per capita sofreu uma retração de 9,1%. No mesmo período, a população cresceu 0,9% ao ano.

“A população empobreceu”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Para ela, a queda de 9,1% é “bastante relevante”. “Nos três últimos anos, como a população continuou crescendo, a queda do PIB per capita amplificou. O bolo encolheu e a quantidade de pessoas aumentou. Tem que colocar muita água no feijão”, afirmou ela.

A economia brasileira caiu 3,6% em 2016 em relação ao ano anterior. Com dois anos seguidos de retração, esse é o pior desempenho negativo da economia – superando as quedas vistas em 1930 e 1931 – e foi registrado em todos os setores.

Consumo das famílias

O empobrecimento das famílias se refletiu no consumo das famílias. A despesa de consumo das famílias caiu 4,2% em 2016. O indicador é afetado pela piora no mercado de trabalho, segundo Rebeca.

O consumo das famílias já havia caído 3,9% em 2015 e teve o pior trimestre de 2016 nos três primeiros meses do ano, quando a retração chegou a 5,8% na relação com o mesmo trimestre do ano anterior. O recuo diminuiu de intensidade para 4,8% no segundo trimestre, e continuou caindo para 3,4% no terceiro e 2,9% no quarto trimestre.

Além da deterioração dos indicadores do emprego e da renda, a coordenadora do IBGE destaca outros fatores que influenciaram o desempenho. “As operações de crédito continuam recuando em termos reais, e a gente ainda teve em 2016 os juros acima do patamar de 2015. O que não foi tão ruim foi a inflação, que teve um patamar inferior em 2016”, disse ela.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)





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