Cuiabá tem a 2ª maior queda do ano na cesta básica Deflação de 7,45% observada pelo Dieese neste primeiro bimestre do ano só perde para a registrada na capital do Acre, Rio Branco, que foi de 14%

A cesta básica em Cuiabá encerrou o primeiro bimestre deste ano como a segunda do país a acumular as maiores reduções de preços na comparação com o mesmo período do ano passado. Rio Branco, capital do Acre e Cuiabá, capital de Mato Grosso, são destaques no levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que divulgou ontem quedas de 14% e de 7,45%, respectivamente. Outra capital destaca foi Boa Vista, com retração anual nos dois primeiros meses do ano de 7,16%.

Conforme o Dieese, nessa avaliação, todas as capitais, exceto Fortaleza, acumularam queda, mas que as maiores taxas negativas ficaram com as três capitais citadas acima. Em janeiro, Rio Branco e Cuiabá já haviam sido destaques do Dieese por apresentarem reduções expressivas nos custos de aquisição dos alimentos. Naquele momento, Rio Branco, Cuiabá e Boa Vista, dividiam nessa ordem o ranking de capitais com as maiores reduções anuais de preços. Em janeiro, a cesta básica em Cuiabá havia fechado o mês custando R$ 408,51 e ocupando a 8ª posição entre as mais caras do país.

Já com dados de fevereiro, o Dieese revela que na comparação mensal, os alimentos básicos da família cuiabana ficaram -3,44% mais baratos ante janeiro e 2,02% mais baratos em relação a fevereiro de 2016. A cesta fechou o mês passado custando em média R$ 394,45. Com essa redução deixou a 8ª posição entre as mais caras do país para ser a 9ª.

Mesmo com a deflação apurada tanto na comparação mensal quanto anual, o Dieese chama à atenção que o atual valor da cesta básica em Cuiabá, R$ 394,45 equilave a 45,76% do salário mínimo em vigor (R$ 880). “Com base na cesta mais cara, que em fevereiro, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler atualmente a R$ 3.658,72”.

NACIONAL - Em fevereiro, como completam os técnicos do Dieese, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 25 das 27 capitais. As retrações mais expressivas ocorreram em Manaus (-5,14%), Maceió (-5,10%), Porto Alegre (-4%), Brasília (-3,71%) e Rio de Janeiro (-3,55%). As elevações foram anotadas em Natal (0,59%) e São Luís (0,14%). Apesar do decréscimo de -4%, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 435,51).