Governo arrecada R$ 3,7 bi com leilão de quatro aeroportos Na primeira privatização do governo Michel Temer, terminais de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis foram arrematados por operadores europeus
Operadores europeus arremataram a concessão dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis, no primeiro leilão da área de transportes do governo Michel Temer. O valor da outorga que os futuros concessionários deverão pagar ao longo dos até trinta anos de contrato é de 3,7 bilhões de reais, o que representa um ágio de 23% sobre o montante que o governo esperava (3,014 bilhões de reais).
O valor a ser pago de imediato, na assinatura dos contratos, é de 1,459 bilhão de reais. Nessa conta, o ágio é de 93,7% em relação ao montante mínimo inicial , de 753,5 milhões de reais. Além da outorga por trinta anos e dos desembolsos na assinatura do contrato, os operadores arcarão no futuro com repasses em razão da receita gerada. O leilão ocorreu na BMF&Bovespa e teve participação do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, que está à frente do plano de privatizações do governo.
A alemã Fraport conquistou dois terminais, Fortaleza e Porto Alegre. Pelo primeiro, ofereceu 425 milhões de reais como valor de outorga (a ser pago na assinatura do contrato), o que corresponde a um ágio de 18% em relação ao montante mínimo previsto, de cerca de 360 milhões de reais. Para Porto Alegre, ofereceu 290,512 milhões de reais, montante 852% maior que os cerca de 31 milhões de reais iniciais.
A Zurich ficou com o terminal de Florianópolis, com um lance de 83,333 milhões de reais, o que corresponde a um ágio de 58% ante um valor mínimo de 52,75 milhões de reais.
Já a francesa Vinci Airports ficou com Salvador, ao oferecer 660,943 milhões de reais pelo terminal, o que corresponde a um ágio de 113% ante o valor mínimo de 310 milhões de reais. A operadora foi a única a apresentar proposta pelo aeroporto, embota tenha tentado desistir para brigar por outros terminais.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os quatro aeroportos operam atualmente 11,6% dos passageiros, 12,6% das cargas e 8,6% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro.
(Com Estadão Conteúdo)
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