Em Mato Grosso, a colheita do algodão está praticamento no fim. Algumas regiões já encerraram os trabalho no campo. Os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgados nesta sexta-feira (31), mostram que 94% de uma área total de 722,5 mil hectares já foram colhidas. O percentual é semelhante ao desempenho da safra passada, que neste mesmo período apresentava 94% do espaço reservado para o plantio da pluma.
A região norte, com 910 mil hectares, foi a primeira a encerrar a colheita ainda em agosto, seguido pelo nordeste, que tem 4.576 mil hectares de área. O noroeste (25,989 mil ha) e o médio norte (135.716 mil ha) mato-grossense estão com, respectivamente, 96% e 95% da área colhia. Já a retirada do algodão plantado no centro-sul (53,338 mil ha) e o sudeste (317,764 mil ha) de Mato Grosso chega a 93% nas duas regiões. Por último, o oeste, que tem 184,275 mil há, colheu 91% da área.
Preço - O valor pago pela arroba da pluma segue em alta. Segundo estimativas, o aumento nas cotações está atrelado à permanência dos produtores na realização do cumprimento de contratos futuros – a maioria para exportação. Conforme o Imea, a demanda pelas indústrias, ainda que em pequenos lotes, estimula também para a elevação nos preços da pluma. Por exemplo, houve alta nos preços da pluma de 1,5% em Alto Garças, que fica a 366 quilômetros de Cuiabá, considerando que o preço da pluma passou de R$ 50,60/@ para R$ 51,40/@ na última semana.
Mesmo com a valorização dos preços, o produtor teme prejuízos, já que há dificuldades para escoar a produção. Isso porque, o custo do frete cotado em Mato Grosso aumentou 40% em 30 dias. Em valores, significa que o custo com o frete passou de R$ 190 a tonelada para R$ 273 a tonelada em um mês, levando em conta o percurso entre o município mato-grossense de Campo Verde, 139 quilômetros de Cuiabá, até o porto de Santos.
Os dados, que fazem parte do último levantamento divulgado pelo Imea, aponta que os valores destinados para o frente estão até 15% mais caro do que foi registrado na safra passada. “Além do escoamento da algodão, o aumento na produção do milho está incentivando o preço alto para o transporte dos produtos”, afirma a analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Elisa Gomes.
Comentários