Cidinho defende Eder de expulsão, mas sugere que ele se licencie

Cidinho reconhece que a conduta de Eder, em ser coordenador da campanha a prefeito de Lúdio Cabral (PT), mesmo com o PR tendo indicado João Malheiros como candidato a vice da chapa de Mauro Mendes (PSB), causou constrangimento. Contudo, ele dá sinais de que prefere não "arrumar confusão" com Eder e defende uma solução menos drástica. Afirma que vai sugerir a Eder que ele peça licença da agremiação. "Seria mais ético e dígno da parte dele pedir licença do partido", avalia.

Ainda seguindo a linha de "paz e amor", Cidinho afirma que a aproximação de Eder e Lúdio deve ser encarada como natural. o senador chega a comparar a situação do republicano com a do marketeiro Júlio Valmórbida, que trabalhou com Maggi há alguns anos e, apesar da sugestão do PR, não foi aceito na campanha por Mauro Mendes. O socialista optou por outro profissional da área, oriundo de São Paulo. "O Mauro dispensou os serviços, então Valmórbida foi trabalhar com Guilherme Maluf. O mesmo foi com Eder, o Mauro não o quiz trabalhando em sua campanha e ele foi prestar sua assessoria ao Lúdio", argumenta.

Cidinho ainda justifica a postura de Eder lembrando que ele tem uma animosidade com Mauro há pelo menos 4 anos. O senador relata que o empresário saiu do PR justamente por causa do ex-secretário. Apesar de passar a mão na cabeça do "infiél", Cidinho também não tira a razão e a legitimidade dos que querem entrar com o pedido de expulsão.

Sob a justificativa de que a "traição" estaria prejudicando a campanha da chapa proporcional do PR e que a campanha de Mauro e Malheiros estariam de esvaindo, o candidato a vereador Dejamir Soares já protocolou o pedido de expulsão no diretório municipal, sob Helny de Paula. Depois de 20 dias. no entanto, ainda não obteve resposta alguma. Diante da omissão da Executiva na capital, ele promete acionar a estadual e diz que, se depois do prazo de uma semana também não obter uma posição, vai procurar a nacional.

Cidinho tenta amenizar a crise e diz que não há necessidade de chegar a tanto. "O Eder é muito polêmico, faz barulho, mas não tem essa força política que as pessoas pensam. Ele não altera em nada a campanha dos vereadores", ponderou.