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Economia
Sexta - 07 de Abril de 2017 às 10:39
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Cesta básica fechou em R$ 389,94 em Cuiabá no mês de março e ficou na 11ª posição do ranking nacional
Cesta básica fechou em R$ 389,94 em Cuiabá no mês de março e ficou na 11ª posição do ranking nacional

A cesta básica, em Cuiabá, encerrou o primeiro trimestre de 2017, com queda anual de 8,51%. O percentual é o segundo maior registrado no período no país, conforme dados mensais divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Como vem ocorrendo desde o início do ano, Rio Branco, capital do Acre e Cuiabá, capital de Mato Grosso, vem apontando quedas significativas entre as 27 capitais avaliadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Rio Branco fechou o primeiro trimestre do ano com queda de -15,89%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Em março, o custo do conjunto de alimentos considerados essenciais a uma família de quatro membros com 13 itens, teve preço médio de R$ 389,94 em Cuiabá. Com esse valor, a cesta básica passou da 9ª posição do ranking nacional para ser a 11ª, ou a terceira mais acessível do Centro-Oeste. Na passagem de fevereiro para março a redução da cesta cuiabana foi de 1,14%.

Nos últimos três meses, os 13 itens que compõe a cesta básica tiveram o seguinte comportamento na Capital: carne (-1,34%), leite (12,44%), feijão (-20,51%), arroz (11,29%), farinha (-4,93%), batata (-54,29%), tomate (-39,83%), pão (2,50%), café (16,44%), banana (17,62%), açúcar (14,96%), óleo (7,48%) e manteiga (56,40%).

Mesmo com a deflação apurada tanto na comparação mensal quanto anual, o Dieese chama à atenção que o atual valor da cesta básica em Cuiabá, R$ 389,94 equivale a 45,23% do salário mínimo em vigor (R$ 937). “Com base na cesta mais cara, que, em março, foi a de Porto Alegre (R$ 437,22), e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em março de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.673,09, ou 3,92 vezes o mínimo de R$ 937. Em fevereiro de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.658,72, ou 3,90 vezes o mínimo. Em março de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.736,26, ou 4,25 vezes o piso vigente, que equivalia a R$ 880”, pontuam os técnicos responsáveis pela pesquisa.

No Centro-Oeste o ranking regional ficou assim: Brasília com os alimentos mais caro do trimestre, R$ 415,39, seguido por Campo Grande, R$ 391,95, Cuiabá, R$ 389,94 e Goiânia, R$ 388,31.

BRASIL – Em março, a cesta básica aumentou em 20 das 27 capitais brasileiras. As maiores altas foram registradas em algumas capitais do Nordeste: Teresina (3,90%), Natal (3,54%), Recife (3,53%), São Luís (2,77%) e João Pessoa (2,59%). As retrações mais expressivas foram observadas em Rio Branco (-2,19%) e Cuiabá (-1,14%).

Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 437,22), seguida por São Paulo (R$ 435,34) e Florianópolis (R$ 433,70). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 323,34) e Salvador (R$ 349,66).

Em 12 meses, 12 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (11,70%), Maceió (7,82%) e João Pessoa (6,34%). As reduções ocorreram em 15 cidades, com destaque para Brasília (-6,60%), Belo Horizonte (-5,69%) e Rio Branco (-5,64%).

No primeiro trimestre de 2017, 19 capitais acumularam queda, com destaque para Rio Branco (-15,89%), Cuiabá (-8,51%) e Boa Vista (-6,12%). Já os aumentos mais expressivos foram registrados em Fortaleza (3,71%), Natal (3,45%) e Teresina (3,22%).





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