Raio X da PCE detecta munições na bolsa de advogada
Casal de advogados é detido depois da mulher tentar entrar na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, portando 4 munições de pistola calibre 22, na tarde de terça-feira (11).
As munições foram detectadas na bolsa da advogada N.L.S.Q, através do raio X da unidade, quando ela tentava entrar no presídio para falar com a direção.
Divulgação Sindspen Raio X da PCE detecta munições em bolsa de advogada |
A advogada demonstrou nervosismo quando foi pedido pelos agentes, que abrisse a bolsa, e alegou que estava no local para conversar com a direção. Depois, contou que as munições pertenciam ao namorado, também advogado, R.T.S, 32.
Na casa dele, no bairro Alvorada, agentes e policiais encontraram uma pistola calibre 22 e mais 3 munições. O casal foi conduzido para a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), devido suspeita de entregar as munições para detentos integrantes de facções criminosas.
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen), João Batista, explicou ao Gazeta Digital, que devido a última rebelião na Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o "Ferrugem", em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), ocorrido ontem (11), houve a desconfiança de que o casal de advogados entregariam as munições para presos da PCE.
"Infelizmente, não há como impedir 100% da entrada de armas, munições e drogas nos presídios, pois existem pistolas, por exemplo, feitas de fibras, que o detector não consegue detectar. Sabemos que na rebelião de Sinop, alguns presos estavam armados com revólveres".
Ainda segundo Batista, as "mulas", mulheres que entram com drogas inseridas nos órgãos genitais, são provas de que o sistema penitenciário do Estado têm falhas.
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