Mato Grosso registrou quase 400 casos de sífilis em 2016, diz balanço Número de casos da doença no país aumentou 5.000%, segundo o Ministério da Saúde. Médico diz que doença pode causar problemas neurológicos e, em grávidas, malformação do feto e abortos espontâneos.
Trezentos e noventa casos de sífilis foram registrados no ano passado em Mato Grosso, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Nesse período, também foram registrados 228 casos de sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê. O tratamento da doença é feito com penicilina.
Durante a gestação, a doença pode causar abortos espontâneos, malformação do feto e também pode ser transmitida para o bebê. A sífilis pode ser curada desde que tratada corretamente.
O médico Ivens Scaff explica que a doença é contagiosa e tem três estágios. Sem o tratamento adequado, pode causar problemas neurológicos. “Ela ataca o sistema nervoso central e pode levar até a demência do portador da doença”, afirmou.
Segundo o Ministério da Saúde, houve aumento de 5.000% nos casos da doença, entre 2010 e 2015, no país. De 1,2 mil casos subiu para 65 mil.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Mato Grosso, Flávia Guimarães, afirma que a proliferação da doença se deve à falta do uso de preservativos. “As pessoas banalizam o uso da camisinha e acabam se expondo mais, aumentando os casos da doença”, contou.
“Quando a gestante está fazendo o pré-natal, o tratamento é feito no primeiro trimestre e no último trimestre da gestação para não haver risco da criança ter malformação”, disse a coordenadora.
A doença pode ser identificada pelo teste rápido, oferecido em toda a rede pública de saúde. O resultado sai em menos de 15 minutos.
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