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Quarta - 26 de Abril de 2017 às 07:08
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Trabalhadores dos mais diversos setores já deliberaram pela greve geral convocada pelas centrais sindicais para esta sexta-feira (28). Em Cuiabá, o movimento pretende reunir mais de 40 mil pessoas, entre professores das redes municipal, estadual e federal, motoristas de ônibus, bancários, servidores do sistema penitenciário, agropecuário, da saúde e do meio ambiente. A paralisação de 24 horas é contra as reformas trabalhistas e da Previdência propostas pelo governo de Michel Temer, além da lei de terceirização, sancionada pelo presidente.

A Polícia Militar (PM) informou que até ontem pela manhã não havia recebido uma comunicação oficial sobre a realização do protesto, mas que conta com uma estrutura ou equipes de prontidão para acompanhar manifestações como estas e garantir a segurança dos presentes. A concentração dos manifestantes irá acontecer na Praça Ipiranga, a partir das 15 horas.

“A greve será a nossa resposta às arbitrariedades de um governo que só retira direitos da classe trabalhadora e promove o desmonte dos serviços públicos. Recentemente, juntos o Governo e o Congresso Nacional, aprovaram a emenda constitucional do teto de gastos públicos, (PEC 241 e PEC 55) que limitam por 20 anos os gastos públicos e também o projeto de lei que libera a terceirização para todas as atividades da empresa. Mas, se juntarmos força, na rua e cruzarmos os braços vamos conseguir barrar esse retrocesso”, convocou o presidente do Sindicato dos Bancários (Seeb/MT), Clodoaldo Barbosa.

Diretor do Seeb/MT, José Guerra, informou que na sexta-feira será mantido somente 30% do efetivo, que estarão realizando apenas serviços internos. Portanto, quem tiver conta com vencimento no dia 28 deverá ficar atento. Entre as opções, o cliente poderá recorrer aos caixas de autoatendimento ou mesmo à internet.

Para Barbosa, as reformas propostas pelo governo Michel Temer fazem parte do projeto de desmonte do Estado. “A reforma da Previdência significa entrega do nosso futuro aos bancos privados e aos empresários”, afiançou. Apenas na capital e Várzea Grande, o movimento deve fechar cerca de 100 agências bancárias.

Os trabalhadores do transporte coletivo também já confirmaram que 100% dos ônibus que circulam diariamente pela região metropolitana não devem sair das garagens nesta sexta-feira. Com o slogan "A educação no Brasil vai parar", o Sindicato dos Profissionais do setor (Sintep/MT) vem convocando a categoria para juntar-se ao movimento e dizer "não" as reformas.

Outras categorias que prometem engrossar o movimento são os servidores ligados ao Sindicato Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado (Sintap) e a Nova Central Sindical de Trabalhadores de Mato Grosso (NCST-MT), que mobilizam filiados e demais trabalhadores para que participem do ato.

A NCST-MT reúne 37 sindicatos e 4 federações filiados, que representam trabalhadores, em áreas como a indústria de produção de materiais plásticos, madeireiras, construção civil, transporte, setor hoteleiro, condomínios, trabalhadores rurais, fabricação de álcool, vestuário e têxtil, alimentação, construção e mobiliário, comércio, enfermagem, engenharia e turismo, além de servidores públicos.

Além da distribuição de panfletos, os sindicatos de servidores públicos do Estado vêm se articulam por meio das redes sociais e convidando o funcionalismo público e trabalhadores da iniciativa privada para adesão à paralisação marcada para esta sexta-feira.





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