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Economia
Sexta - 28 de Abril de 2017 às 11:17
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Pelo menos até ontem, o mercado revendedor em Cuiabá e Várzea Grande seguia sem alterações
Pelo menos até ontem, o mercado revendedor em Cuiabá e Várzea Grande seguia sem alterações

Conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso o reajuste autorizado no último dia 21 pela Petrobras, para o óleo diesel e para gasolina, não está sendo percebido pelos consumidores, pois as revendas não levaram os novos preços até a bomba. Pelo menos até ontem, o mercado revendedor seguia sem alterações, inclusive para o etanol hidratado, que mesmo sem reajuste oficial, sempre acaba recebendo influencia dessa movimentação.

No último dia 20, a Estatal anunciou aumento do preço do diesel nas refinarias em 4,3%, em média, e da gasolina em 2,2% em média. Os novos valores começam a ser aplicados na sexta-feira, 21, e refletem a decisão, do Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP). A Petrobras reafirma sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias.

O diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Junior, destaca que a decisão da Estatal veio após duas quedas consecutivas e que a expectativa com o novo anúncio, agora de alta, é de R$ 0,04 a mais por litro no caso da gasolina e R$ 0,09 por litro no caso do diesel nas bombas. “Mas isso depende de diversos fatores. Não são valores exatos, pois têm custos como o do distribuidor e o frete. Além disso, o mercado é livre para definir seus preços”. Ele frisa que a alta foi anunciada há uma semana e que “apesar de estarem sendo repassados pelas distribuidoras, não chegaram às bombas. O mercado é livre e o repasse é uma decisão comercial de cada distribuidora e revendedor de combustíveis. Pode ou não chegar ao consumidor final”, pontua Soares.

Como explica Ricardo, gerente de um posto de bandeira branca – que não tem exclusividade com nenhuma distribuidora e se apresentou apenas com o primeiro nome – a decisão em não aumentar os preços foi tomada pela direção do posto por alguns motivos. “Primeiro porque quando ela começou a valer, já tínhamos estoques e era feriado. E no decorrer dessa semana, final de mês, saímos de dois feriadões, a demanda caiu. Se a gente aumentar agora, ai que não vamos vender mesmo. Começo de mês temos pagamentos de funcionários e precisamos fazer caixa. Vendemos menos combustível nessa semana e também compramos menos. Deu para equilibrar. Acredito que com a entrada do mês de maio haja sim os repasses dos novos valores às bombas”.

No posto em que trabalha, no Cristo Rei, o litro do etanol está há semanas fixado em R$ 2,33 e o da gasolina em R$ 3,45.

Como explica o diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Junior, a decisão da Petrobras é explicada principalmente pela elevação dos preços dos derivados nos mercados internacionais, valorização do real frente ao dólar e por ajustes na competitividade da Petrobras no mercado interno. “A política de preços de combustíveis estabelecida pela Petrobras em outubro de 2016 prevê revisões mensais de acordo com as condições do mercado internacional e da competitividade dos produtos da empresa no mercado brasileiro”.

ETANOL – Na semana entre 16/04/2017 a 22/04/2017, o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou que o preço médio do litro do etanol hidratado no Estado, em R$ 2,53, segue como o segundo mais barato do país – atrás da média de São Paulo, R$ 2,42 – mantendo pela terceira semana consecutiva a reconquista da competitividade do biocombustível em relação à gasolina. Com média de R$ 2,53, o valor do etanol representa, no Estado, 69,12% do valor médio de bomba da gasolina em Mato Grosso, R$ 3,66. A relação é favorável ao derivado de cana quando está abaixo de 70%.





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