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Domingo - 30 de Abril de 2017 às 09:21
Por: Karine Miranda/Gazeta Digital

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A Procuradoria Geral da Republica (PGR) assina na semana que vem as delações premiadas do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, deste sábado (29).

Segundo o colunista, as delações deverão complicar o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que já responde processo, decorrente da Operação Lava Jato, por supostamente ter recebido R$ 12 milhões do Grupo Odebrecht a título de propina. O dinheiro teria ido parar na campanha eleitoral de reeleição em 2006.

João Vieira

PGR assina delações de Riva e Silval na próxima semana

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, inclusive, determinou que a Polícia Federal promova diligências, em um prazo de 30 dias, para apurar sobre o suposto pagamento da propina, que só veio à tona durante as delações premiadas dos executivos da Odebrecht, João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto.

A possível delação de Silval vem sendo ventilada há vários dias e deve indicar os supostos crimes cometidos por agentes públicos com prerrogativa de função. Por isso, as delações premiadas terão de ser homologadas pela PGR.

No âmbito estadual, Silval já admitiu que vai confessar os crimes cometidos após longo período negando as acusações do Ministério Público Estadual (MPE). Ele está preso desde 2015 em decorrência da Operação Sodoma e já tentou a liberdade por meio de inúmeros recursos em instâncias superiores, sem sucesso.

Com o anúncio da confissão de Silval, os advogados Valber Melo, Ulisses Rabaneda, Francisco Faiad, Artur Osti e Renan Serra, que compunham a defesa, renunciaram ao caso no início desta semana. Eles alegaram que a mudança de postura do ex-governador é divergente da linha de defesa que vinha sendo adotada.

Já Riva confessou alguns crimes cometidos quando era presidente ou primeiro-secretário da Assembleia Legislativa. Ele apontou, por exemplo, que 33 deputados teriam recebido "mensalinho", inclusive, com o aval e conhecimento do então governador, Blairo Maggi, que teria aumentado o valor do duodecimo para o Legislativo a fim de que fosse distribuido entre os deputados.





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