A derrota da Seleção Brasileira de basquete sobre cadeira de rodas para a Grã-Bretanha neste sábado, pelos Jogos Paralímpicos de Londres, deixou as jogadoras abatidas. O resultado de 42 a 37 na Arena de Basquete foi determinado no quarto final, quando o Brasil levou a virada no marcador e parou de jogar. Enquanto isso, a britânica Amy Conroy liderou os donos da casa, para a loucura da torcida.
"Uma hora deu branco na gente, nos deixamos nos levar pela torcida, a gente não sabe explicar o que foi que aconteceu. Ainda estamos com o nosso objetivo, vamos lutar e vamos dar o máximo de si e tentar acertar as coisas que erramos para, no próximo jogo, sair com a vitória", disse Lia Martins, a atleta que mais próximo chegou de tentar justificar o modo como o Brasil perdeu.
Pressionado pela torcida que encheu a arena, o Brasil se manteve próximo no placar e tomou a frente no segundo tempo, chegando a abrir seis pontos. No final, no entanto, parou de jogar. "Faltou paciência, defesa. Não sei", se limitou a dizer Lia, destaque do Brasil, com 16 pontos. Pelo lado britânico, o destaque ficou com Amy Conroy, com 1,72 m, que conseguiu 18 pontos e se tornou a cestinha do jogo.
"O que desequilibrou foi o fato de não termos sabido colocar o bloqueio na camisa 10 delas. Foi ela que ganhou o jogo. Mas, em compensação, a britânica desequilibrou na hora certa", disse o técnico Wilson Caju, que fez críticas à atuação de Lia, dizendo que jogou apenas no terceiro quarto. Apesar disso, ele relevou a derrota para exaltar a evolução da Seleção Brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas.
"Estou há 11 anos na Seleção Brasileira. Eu já tomei desse mesmo time (Grã-Bretanha) de 30 a 40 pontos. Eu já tomei da Austrália de 50 pontos. Perder de 4 ou 3 é sinal de que houve evolução. O trabalho é para 2016, então se derem sequência elas vão explodir no final", exaltou o técnico, fazendo referência à estreia do Brasil no Jogos de Londres, com derrota para a Austrália por 52 a 50.
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