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Advogado denunciou esquema de propina na Sefaz-MT por medo de ser investigado, diz polícia Três gentes de tributos foram presos suspeito de receberem R$ 1,8 milhões para beneficiar empresa. Advogado foi usado para lavar o dinheiro usado no pagamento da propina.
![Servidores foram presos durante operação da Defaz, deflagrada nesta quarta-feira (3) (Foto: Divulgação/Polícia Civil-MT)](/arquivos/noticias/424/424215/fotochamada/medium/424215.jpg)
O suposto esquema de pagamento de propina a três agentes de tributos da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz-MT) foi denunciado por um advogado usado para lavar o dinheiro. De acordo com a Delegacia Fazendária (Defaz), ele ficou com medo de ser investigado e procurou o Ministério Público para denunciar a fraude. Os três servidores foram presos durante a operação Zaqueus, deflagrada nesta quarta-feira (3).
Eles são suspeitos de terem recebido R$ 1,8 milhão para beneficiar a empresa Caramuru Alimentos S/A, reduzindo valores de autuações fiscais.
Em nota, a Caramuru Alimentos esclareceu que 'foi vítima de extorsão por parte de agentes públicos e adotou postura corajosa para colaborar com as investigações e corrigir irregularidades'. Ainda, a empresa disse que se compromete a trabalhar 'pela consolidação de um ambiente de negócios guiado pela ética, competência técnica e transparência'.
Segundo o delegado da Defaz, Lindomar Toffoli, o advogado procurou as autoridades depois denúncias envolvendo a empresa foram feitas na mídia.
“Como estava envolvido no esquema de propina, o advogado ficou com receio de que alguma investigação apontasse o nome dele e fosse voltada para o caso em questão. Por isso, ele procurou o Ministério Público para denunciar o esquema do qual ele fez parte”, afirmou.
O advogado, de acordo com Toffoli, afirmou que os servidores procuraram o escritório em que ele trabalha para sugerir o esquema. A proposta era forjar um contrato de serviços advocatícios para que a movimentação do dinheiro não fosse percebida.
“Os honorários foram contratados, mas nunca existiu a prestação do serviço. O que eles queriam era que o dinheiro fosse lavado pelo escritório de advocacia”, explicou o delegado.
De acordo com a denúncia, os três servidores eram responsáveis pela concessão de decisões administrativas favoráveis à empresa. As investigações apontaram que os agentes reduziram uma multa da empresa no valor de R$ 65.938.391,10 milhões para aproximadamente R$ 315 mil.
As autuações, segundo a polícia, eram referentes à comprovação de exportação de soja por parte da empresa. Para reduzir o valor da autuação da empresa, os agentes receberam o pagamento de vantagens indevidas do montante de cerca de R$ 1,8 milhão.
A empresa, com sede em Mato Grosso, Goiás, Paraná e São Paulo, atua no processamento de soja, milho, girassol e canola. A operação tem o objetivo de cumprir sete ordens judiciais, sendo três mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e um de condução coercitiva. A ação é acompanhada pela corregedoria da Sefaz e pelo Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção.
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