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Economia
Quinta - 04 de Maio de 2017 às 07:23
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Soja em grão e óleo de soja contribuíram ao saldo, bem como as carnes de bovino congeladas, contrariando expectativas pós-Carne Fraca
Soja em grão e óleo de soja contribuíram ao saldo, bem como as carnes de bovino congeladas, contrariando expectativas pós-Carne Fraca

A receita das exportações mato-grossense atingiu em abril o melhor saldo mensal de 2017 ao somar US$ 1,61 bilhão. As cifras superaram em 2% o registrado em março desse ano, US$ 1,58 bilhão, e são ainda 6,62% maiores que os US$ 1,51 bilhão contabilizado em igual mês do ano passado. Soja em grão e óleo de soja contribuíram para o saldo de abril, bem como os embarques de carnes desossadas de bovino congeladas, que contrariando as expectativas após a Operação Carne Fraca, fechou o período com crescimento de 9% em relação a abril de 2016.

Em relação ao primeiro quadrimestre do ano, o saldo segue negativo na comparação com o mesmo momento do ano passado. De janeiro a abril deste ano o faturamento da pauta estadual soma US$ 4,89 bilhões contra US$ 5,31 bilhões, queda de 8%. A relação de perda também é observada no saldo da Balança Comercial, que mesmo positivo em US$ 4,40 bilhões, é inferior aos US$ 4,90 bilhões apurados em igual intervalo de 2016.

A Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março, apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos, entre eles, grandes exportadores, o que levou à recusa da carne brasileira, bovina e de aves num primeiro momento, por boa parte do mercado internacional, ou ao aumento no rigor das condições sanitárias, o que impactou as exportações entre os meses de março e abril.

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgados ontem, a pauta da carne bovina vem reagindo bem à pressão do mercado. De janeiro a abril deste ano, Mato Grosso exportou US$ 253,30 milhões somente em cortes de carnes desossadas de bovino congeladas. No mesmo acumulado de 2016, foram contabilizados US$ 232,28 milhões, o que revela a expansão de 9,05%. Em volume, os embarques passaram de 61,81 mil toneladas para atuais 63,56 mil toneladas.

A soja em grão responde por pouco mais de 65% da receita contabilizada no primeiro quadrimestre de 2017, ou seja, dos US$ 4,89 bilhões, US$ 3,18 bilhões foram originados por meio das exportações da oleaginosa, que na comparação anual, com o mesmo período do ano passado, apresenta aumento de 23%. O faturamento até abril de 2016 era de US$ 2,57 bilhões. Além do ganho em divisas, houve aumento no volume embarcado, que segue recorde para o período.

De janeiro a abril deste ano, Mato Grosso exportou, principalmente para a China, mais de 8,20 milhões de toneladas, quase um milhão de toneladas a mais do que o registrado no primeiro quadrimestre do ano passado, quando foram contabilizados 7,30 milhões de toneladas.

DESTINOS – Cerca de 48% das divisas mato-grossenses vieram de negócios realizados com a China, que segue como o maior parceiro comercial do Estado. Dos US$ 4,89 bilhões em receita acumulada neste quadrimestre, US$ 2,33 bilhões tiveram origem na relação comercial com os chineses. E os embarques aumentaram em 26% se comparados ao mesmo período do ano passado.

Completam o ranking dos cinco maiores parceiros comerciais de Mato Grosso, pela ordem entre janeiro e abril – com uma grande diferença entre o primeiro colocado – Espanha, US$ 298,75 milhões, Países Baixos (Holanda), US$ 291,92 milhões, Tailândia, US$ 287,70 milhões e Irã, US$ 250,20 milhões.

IMPORTAÇÕES – O saldo da Balança Comercial é o resultado das exportações e importações realizadas em um determinado período. No caso de Mato Grosso, o saldo é positivo porque as exportações superaram as importações e o resultado é uma Balança Comercial com superávit de US$ 4,40 bilhões.

Enquanto o Estado exportou US$ 4,89 bilhões no primeiro quadrimestre, importou US$ 487,73 milhões, 17,55% a mais que os US$ 414,91 milhões contabilizados em igual período do ano passado.

Os principais mercados fornecedores ao Estado são, Rússia, Estados Unidos, Belarus, Marrocos e China de onde se importa em grande maioria matéria-prima para produção de insumos à agropecuária como cloretos de potássio, ureia e sulfato de amônio.





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