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Economia
Terça - 09 de Maio de 2017 às 06:58
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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O conjunto de alimentos com 13 itens passou de R$ R$ 389,94 para R$ 411,41 em abril na Capital
O conjunto de alimentos com 13 itens passou de R$ R$ 389,94 para R$ 411,41 em abril na Capital

A cesta básica, em Cuiabá, fechou o mês de abril com alta de 5,51% em relação ao registrado em março, conforme dados divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com a variação positiva, a capital de Mato Grosso teve a segunda maior elevação mensal do país entre todas as 27 capitais brasileiras, atrás apenas da alta verificada em Porto Alegre, que foi de 6,17%.

Com a inflação apontada no período, no intervalo dos últimos 30 dias o conjunto de alimentos com 13 itens, considerados essenciais para uma família de quatro pessoas, passou de R$ R$ 389,94 para R$ 411,41. Contribuíram para a alta, as elevações de preços ocorridas no tomate, na batata e no leite.

A alta inverteu ainda o comportamento de deflação que o Dieese vinha registrando na cesta básica cuiabana desde o início do ano. Os alimentos que fazem parte da pesquisa mensal encerraram o primeiro trimestre de 2017, com queda anual de 8,51%. O percentual foi o segundo maior registrado no período no país. Ao considerar o acumulado do primeiro quadrimestre, a retração no valor dos alimentos perdeu fôlego e agora é de apenas 3,47% na comparação com os quatro primeiros meses do ano passado.

VILÕES - Coletada no Centro-Oeste, Sul e Sudeste, a batata apresentou alta nos preços em todas as cidades, com destaque para as variações em Florianópolis (37,84%), Cuiabá (29,91%), Porto Alegre (26,64%) e Curitiba (26,40%). As chuvas reduziram a oferta do tubérculo e a maior demanda pelo produto, na semana santa, fez com que o preço da batata crescesse em todas as cidades.

O leite, que se encontra em entressafra, mostrou aumento de preço em 20 cidades, com destaque para as taxas de Recife (8,81%), Cuiabá (4,85%), Natal (2,44%) e Palmas (2,30%).

Em abril, os 13 itens que compõe a cesta básica tiveram o seguinte comportamento na Capital: carne (+0,49%), leite (+4,85%), feijão (+2,15%), arroz (-6,48%), farinha (+0,77%), batata (+29,91%), tomate (+53,13%), pão (+0,20%), café (+0,48%), banana (-0,70%), açúcar (-6,32%), óleo (-9,67%) e manteiga (+0,03%).

REGIONAL - Com exceção da cesta básica goiana, todas as outras nas capitais do Centro-Oeste romperam em abril a casa dos R$ 400. O ranking regional ficou assim: Brasília com os alimentos mais caro do mês, R$ 427,37, seguido Cuiabá, R$ 411,41, Campo Grande, R$ 402,19 e Goiânia, R$ 388,83.

Ainda como destacam os economistas do Dieese, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, em abril de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo de R$ 937. Em março de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.673,09, ou 3,92 vezes o mínimo. Em abril de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.716,77, ou 4,22 vezes o piso vigente, que equivalia a R$ 880. E ainda considerando o valor atual do conjunto de alimentos em Cuiabá, em R$ 411,41, a aquisição deles equivalem a 47,73% do salário mínimo.

BRASIL - Em abril, o custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou nas 27 capitais brasileiras. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (6,17%), Cuiabá (5,51%), Palmas (5,16%), Salvador (4,85%) e Boa Vista (4,71%). As menores elevações foram observadas em Goiânia (0,13%) e São Luís (0,35%).

Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 464,19), seguida por Florianópolis (R$ 453,54), Rio de Janeiro (R$ 448,51) e São Paulo (R$ 446,28). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 333,18) e Aracaju (R$ 363,87).

Em 12 meses, 20 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (10,28%), Fortaleza (9,85%) e Porto Alegre (8,73%). As reduções ocorreram em sete capitais, com destaque para Belém (-3,49%), Macapá (-3,28%) e Rio Branco (-3,11%).

No primeiro quadrimestre de 2017, 11 capitais acumularam queda, com destaque para Rio Branco (-13,33%), Manaus (-5,34%) e Maceió (-4,32%). Já os aumentos foram registrados nas outras 16, sendo que os mais expressivos ocorreram em Fortaleza (7,33%), Recife (5,97%) e Teresina (4,84%).





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