Primo de governador deixa Casa Civil e volta a advogar; adjunto assume
O governador Pedro Taques (PSDB) decidiu nesta quinta (11) exonerar, a pedido, o secretário da Casa Civil Paulo Taques. Primo do governador, ele era considerado um dos intocáveis na gestão e estava no secretariado desde 1º de janeiro de 2015, quando Taques assumiu o comando do Palácio Paiaguás.
"Volto agora para a minha trincheira, que é a advocacia, mas continuarei fazendo o bom combate na defesa dos interesses de Mato Grosso”, disse Paulo Taques.
Segundo nota, emitida pelo Executivo, Paulo volta a se dedicar à sua atividade profissional na advocacia, inclusive reassumindo o papel de advogado pessoal do governador. O fato é que ele vinha enfrentando desgaste há algum tempo, especialmente junto à Assembleia.
No lugar dele, assume o adjunto da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, que também atua na gestão desde o início do do mandato do tucano.
Ao anunciar a saída, Taques disse que a missão do primo - de organizar as rotinas e as articulações internas do governo - já foram cumpridas. “Quero aqui reconhecer o grande trabalho feito pelo secretário Paulo Taques na Casa Civil, nos ajudando muito a criar as condições necessárias para fazermos a transformação que nos propusemos a promover no Estado e na vida dos mato-grossenses", disse o governador.
Nessa linha, o tucano agradeceu o comprometimento do primo. "Paulo continua sendo estratégico ao nosso governo, e vai voltar a cuidar de vários processos judiciais do meu interesse”. Entre os processos que Paulo vai atuar está uma investigação em curso na Procuradoria Geral da República sobre denúncia feita pelo ex-secretário de Segurança Pública do Estado, promotor Mauro Zaque, e seu adjunto, Fábio Galindo, sobre eventual existência de interceptações telefônicas clandestinas no âmbito da Polícia Militar.
A denúncia, supostamente recebida por eles anonimamente, foi feita pelo ex-secretário ao governador em outubro de 2015. Taques remeteu o caso ao Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco para investigação, que arquivou. “Não verifico qualquer outro elemento que justifique falar-se em interceptação telefônica clandestina, razão pela qual determino o arquivo do PRO, com as respectivas baixas...”, escreveu o então Coordenador Marco Aurélio de Castro, em 27 de outubro de 2015.
O caso, hoje, todavia, encontra-se sob apreciação da Procuradoria Geral da República, uma vez que a mesma denúncia fora encaminhada para lá.
Currículo
O novo secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, tem 43 anos, é graduado em Administração e pós-graduado com MBA em Gestão de Pessoas e também em Inovação e Difusão Tecnológica.
Atuou como assessor parlamentar, como fiscal do Conselho Regional de Administração de Mato Grosso e, desde janeiro de 2015, é secretário adjunto de Gestão Integrada e Modernização Institucional da Casa Civil. Em pouco mais de dois anos à frente da função, assumiu interinamente a chefia da Casa Civil em quatro oportunidades na ausência do titular da pasta.(Com assessoria)
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