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Economia
Sexta - 12 de Maio de 2017 às 07:23
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Se os dados se confirmarem, MT responderá sozinho nessa temporada por 25%, um quarto da colheita nacional, estimada em 232 milhões/t
Se os dados se confirmarem, MT responderá sozinho nessa temporada por 25%, um quarto da colheita nacional, estimada em 232 milhões/t

Em nova revisão de estimativas, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ampliou pela terceira vez consecutiva a projeção de produção da safra 2016/17 de grãos e fibra de Mato Grosso, que além de se manter a maior do País, será histórica, com 57,97 milhões de toneladas (t), adição de pouco mais de 1 milhão/t em relação ao mês passado. Já em relação ao ciclo passado, quando foram consolidadas 43,42 milhões/t, o crescimento anual passa de 33%.

A diferença positiva entre o oitavo e o sétimo levantamento da estatal segue alicerçada na produtividade das principais culturas – soja, milho e algodão – que corresponderam ao clima favorável, especialmente a observada na soja e no milho safrinha, que juntos somam 55,23 milhões/t de toda a oferta estimada para o Estado. Se os dados divulgados ontem pela Conab se confirmarem, Mato Grosso segue pelo sexto ano seguido como o produtor nacional, respondendo nessa temporada por 25%, um quarto da colheita nacional, também redimensionada para cima, agora em 232 milhões/t.

Completam os três maiores produtores do país junto com Mato Grosso, Paraná, com previsão de oferta de 41,45 milhões/t (+15,9%) e o Rio Grande do Sul com projeção de 35,32 milhões/t (+7%).

Como apontam os dados, Mato Grosso cultivou nessa safra 14,81 milhões de hectares (ha), 5,8% a mais que os 14 milhões do ciclo 2015/16. Ganho na oferta veio da produtividade que avançou 26%, ao passar de 3.101 quilos/ha para uma média entre as culturas de 3.913 quilos/ha.

CULTURAS – os técnicos da Conab destacam que o milho safrinha, em nível Brasil, registra a oitava safra seguida de aumento em área plantada. Na região Centro-Oeste, principal produtora nacional, a área plantada está estimada em 7,40 milhões/ha, representando um incremento de 9,7% em relação ao plantio passado. Em Mato Grosso, o plantio da segunda safra, que perdurou até a segunda quinzena de março, apresentou aumento significativo de 15,5% em comparação com o exercício anterior.

“Esse incremento de área deveu-se à expectativa inicial de bons preços, fato que não se confirmou no Estado por muito tempo, às condições climáticas favoráveis e à disponibilidade de insumos. A área plantada com o cereal saiu de 3,76 milhões/ha em 2015/16 para 4,35 milhões/ha na atual safra. As condições climáticas têm favorecido as lavouras em todo o Estado, com chuvas regulares até a segunda quinzena de abril. Na região médio-norte, maior produtora do cereal, estima-se cerca de 80% a 90% das lavouras estejam na fase final de frutificação e/ou maturação. Portanto, do ponto de vista agronômico, há garantia de boa produtividade naquela região, mesmo que não haja chuvas nas próximas semanas”, explicam os técnicos responsáveis pelo levantamento.

Diante dessas constatações, estima-se rendimento médio do milho segunda safra de 5.679 kg/ha, ante aos 3.999 kg/ha na safra 2015/16, incremento de 42%. O aumento de área, combinado com a recuperação da produtividade, permite projetar produção recorde de 24,72 milhões/t, volume 64% superior as 15 milhões/t do período anterior. No mês passado, a Conab projetava 24,19 milhões/t.

A expectativa é que a colheita se inicie antes da virada deste mês, contudo, o maior volume de trabalho será concentrado em junho e julho devido à maturação fisiológica da lavoura, reduzir o excesso de umidade do grão.





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