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Cidades/Geral
Sexta - 12 de Maio de 2017 às 12:36
Por: Gilson Nasser/Folha Max

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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) informou nesta sexta-feira, por meio de nota a imprensa, que as informações levada pelo governador Pedro Taques (PSDB) para investigar um esquema de escutas ilegais não são as mesmas que resultaram na abertura de investigação por parte da Procuradoria Geral da República (PGR). As escutas telefônicas sem autorização judicial também serão tema de reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, que irá ao ar neste domingo (14).

Ontem, ao comunicar a exoneração do então secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o Governo do Estado informou que as denúncias foram apresentadas ao governador pelo ex-secretário de Segurança e promotor, Mauro Zaque, e pelo ex-adjunto, Fábio Galindo, no final de 2015. A denúncia foi levada ao Gaeco, que decidiu pelo arquivamento.

“Ato contínuo, o governador remeteu o caso ao Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para investigação. No mesmo mês de outubro de 2015, porém, o Gaeco fez a promoção do Arquivamento das investigações por insuficiência de evidências do denunciado”, diz trecho da nota.

Porém, o Gaeco colocou que a denúncia levada por Taques não tratava de um pedido de escutas autorizado por um juiz da comarca de Cáceres. “As informações apresentadas pelo Governador do Estado, por meio do Ofício 446/2015, que resultaram no arquivamento do Procedimento de Investigação não guardam relação com os fatos que teriam ocorrido na Comarca de Cáceres”.

O promotor Marcos Bulhões confirmou que foi investigado, a pedido do governador, um outro caso envolvendo escutas ilegais. Este caso, que o membro do MPE mantém o sigilo, foi arquivado por inconsistência de provas.

Segundo FOLHAMAX apurou, um magistrado da comarca de Cáceres, que atualmente atua em Cuiabá, recebeu pedido da Inteligência da Polícia Militar para realizar escutas de supostos membros de uma quadrilha de traficantes. No entanto, a autorização continha números de políticos, assessores, advogados que não tinham qualquer relação com investigação de traficantes. O esquema é denominado “barriga de aluguel”.

Íntegra da nota do Gaeco:

Diante das notícias veiculadas pela imprensa de que o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) arquivou as investigações sobre a suposta existência de interceptações ilegais na Comarca de Cáceres, o coordenador do Grupo, promotor de Justiça Marcos Bulhões, esclarece que as informações apresentadas pelo Governador do Estado, por meio do Ofício 446/2015, que resultaram no arquivamento do Procedimento de Investigação não guardam relação com os fatos que teriam ocorrido na Comarca de Cáceres.





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