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Politica MT
Sexta - 12 de Maio de 2017 às 17:33
Por: Thaiza Assunção e Laura Nabuco/Mídia News

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O governador Pedro Taques (PSBD) afirmou que nunca pediu para grampear ilegalmente adversários políticos, advogados e jornalistas do Estado.

"Eu nunca pedi que isso fosse feito, se o fato for verdadeiro. A pessoa que disse que eu sabia, vai ter que provar", afirmou o governador, durante coletiva à imprensa na tarde desta sexta-feira (12).

Segundo apurou a reportagem, o promotor de Justiça Mauro Zaque, do Ministério Público Estadual, fez uma denúncia sobre a ocorrência de uma rede clandestina de "grampos", ligada ao Executivo Estadual.

Zaque teria levado o assunto ao governador, em novembro de 2015, quando ocupava a Secretaria de Estado de Segurança Pública.

O esquema funcionaria por meio da chamada "barriga de aluguel", quando números de telefones de cidadãos comuns, sem conexão com uma investigação, são inseridos em um pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.

A denúncia é objeto de investigação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O processo que o Zaque disse que protocolou não existe no Palácio Paiaguás. O número que ele deu no Governo é um processo da Sinfra pedindo estrada pra Juara. Pra mim isso é uma fraude

O governador, porém, acusou o promotor de estar mentindo e informou que vai representá-lo na Procuradoria Geral de Justiça.

“O processo que o Zaque disse que protocolou não existe no Palácio Paiaguás. O número que ele deu no Governo é um processo da Sinfra [Secretaria de Estado de Infraestrutura] pedindo estrada pra Juara. Eu nunca vi esse processo. Soube de tudo isso ontem pela imprensa", disse.

Taques relatou que já orientou o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, a investigar o caso. O governador vai pedir a suspensão das atividades do "Guardião" - sistema utilizado pelo Ministério Público para fazer as interceptações telefônicas - até os esclarecimentos dos fatos.

"Fatos graves precisam ser investigados. Determinei que o secretário Rogers faça a investigação. Vou pedir ainda hoje que o Gaeco suspenda imediatamente as atividades do Guardião. Se houve interceptação clandestina eu não sei. Precisamos investigar. Eu não sei se meu nome foi interceptado", disse.

“Chantagem"

Se foi vingança ou outro motivo não me cabe analisar isso. Quem vai analisar é psiquiatra. Se a pessoa está chateada, não me cabe aquilatar

O governado ainda afirmou que o então secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, tentou chantageá-lo para que nomeasse pessoas de seu interesse em determinados cargos.

Conforme Taques, Zaque quis "mandar" ele exonerar o ex-comandante da Polícia Militar, Zaqueu Barbosa, por conta de uma “rusga”.

“Zaque me disse que eu tinha que mandar o Zaqueu embora. Disse que ele estava fazendo coisa errada. Eu disse ponha no papel. Quem é governador sou eu. Você não pode me chantagear. Eu não recebi o papel e não sei até hoje de nada de errado"

“Se foi vingança ou outro motivo não me cabe analisar isso. Quem vai analisar é psiquiatra. Se a pessoa está chateada, não me cabe aquilatar”, afirmou.

Defesa à honra

O governador explicou que exonerou o advgado Paulo Taques da Casa Civil para defendê-lo nessa investigação.

"O doutor Paulo Taques que é meu advogado, eu o exonerei a pedido ontem para que ele faça a minha defesa do único patrimônio que eu tenho que é a minha honra", disse.





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