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Saúde
Quarta - 24 de Maio de 2017 às 15:30
Por: Repórter News

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Sem pagar salários, médicos suspendem plantões no Hospital de Nortelândia.
Sem pagar salários, médicos suspendem plantões no Hospital de Nortelândia.

Há quatro meses sem receber salários, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e funcionários ameaçam cruzar os braços e paralisar as atividades a qualquer momento no Hospital de Nortelândia, que está sendo administrada pela ONG Amor a Vida, uma entidade local que foi criada para garantir o funcionamento da unidade hospitalar, numa parceria com a Prefeitura Municipal de Nortelândia e o Governo do Estado de Mato Grosso.

No entanto, apenas o município vem garantindo a compra de serviços e o pagamento mensal, porém, estes são insuficientes para manter os compromissos com manutenção e pagamento dos profissionais que atendem 24 horas na unidade. O Governo do Estado que havia celebrado um convênio com o município da ordem de R$ 140 mil reais mensais, não repassa os recursos a seis meses, totalizando uma dívida de R$ 840 mil reais.

Diante da situação, os médicos plantonistas suspenderam o atendimento no período noturno, finais de semana e feriados, causando preocupação na população das quatro cidades atendidas, sendo Nortelândia, Santo Afonso, Nova Marilândia e Arenápolis.

Anita Peron, administradora do hospital, e ex-vereadora, ex-presidente da Câmara e ex-secretária de assistência social do município, disse que a situação é preocupante e revela o descaso do governo estadual com a saúde pública.

“Isso que está acontecendo aqui é uma falta de respeito com a população que necessita deste hospital funcionando. É um descaso e escárnio com a classe política dos quatro municípios que têm lutado para assegurar um mínimo de atendimento as famílias da região. É um absurdo” criticou Peron.

A gestora hospitalar estuda fechar as portas nas próximas horas, uma vez que os funcionários estão ameaçando entrar em greve e paralisar o atendimento a pacientes.

“A situação é vexatória porque os funcionários estão com quatro meses de salários atrasados e passando por necessidades, e ameaçam entrar e greve” disse ela.

Procurado pela reportagem, o prefeito municipal Zema Fernandes, demonstrou insatisfação com que ele classificou de falta de comprometimento do Governo do Estado.

Ele disse que passou todo o dia de ontem, buscando agendar uma audiência com o Secretário de Estado de Saúde Luiz Soares, e não obteve êxito. Segundo ele o titular da pasta se quer atendeu os deputados estaduais Wagner Ramos e Zé Domingos.

“Infelizmente o estado só promete, mas não cumpre os compromissos assumidos, causando uma insegurança na população” sentenciou ele.

Ainda de acordo com o Chefe do Poder Executivo local, é triste a situação da saúde pública do Estado, principalmente dos municípios no entorno de Nortelândia, que podem ter o único hospital que atende diretamente mais de 400 pacientes dos municípios de Nortelândia, Santo Afonso, Arenápolis e Nova Marilândia.

“Há um ano, o município de Nortelândia vem bancando a saúde da população de Nortelândia e região, pois o governo não repassa os recursos que são de sua obrigação e isso tem causado inúmeros transtornos” destacou Fernandes.

Prefeitos, vereadores e lideranças políticas das quatro cidades farão uma reunião de emergência para discutir quais medidas serão tomadas para compelir o estado a pagar os seis meses em atraso e garantir o funcionamento do Hospital de Nortelândia.

“A situação é preocupante e precisamos empreender esforços para sensibilizar o governo da importância deste hospital para essas quatro cidades, o quadro é preocupante, é estamos mobilizando a classe política a fim de defender os interesses da população, a parte mais prejudicada num eventual encerramento das atividades do hospital” finalizou o prefeito.

O prefeito de Nova Marilândia (PSD) Juvenal Alexandre, também engrossou o coro em defesa da manutenção do aporte financeiro, e sugeriu que todas as lideranças políticas da região façam gestão junto aos seus representantes em nível estadual, como o intuito de assegurar os recursos necessários para o seu funcionamento.

“Se o hospital fechar teremos grandes problemas e muitas vidas estarão sendo colocadas em risco, porque teremos que transportar pacientes numa distância muito longa, e isso pode custar a vida das pessoas” disse o Juvenal.

A unidade hospitalar funciona 24 horas por dia, atendendo centenas de pacientes, inclusive vítimas de acidentes automobilísticos e ou acidente vascular cerebral, e outros.





Comentários (1) Faça um comentário

  • Rayssa Mendez
    Grande Terceiro, Cuiabá - MT
    Em 10 anos esse Hospital vai andar com as próprias pernas, atendendo todas as classes, sem auxílio do Governo e sendo referência no interior do Estado.

    Quinta - 25 de Maio de 2017 às 11:36h Responder

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