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Saúde
Terça - 06 de Junho de 2017 às 14:01
Por: Veja.com

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Os autores acreditam que o stress gerado por separações conflituosas afetam a fisiologia e processos inflamatórios dos filhos. Em longo prazo, isso aumenta a probabilidade de uma saúde mais fraca e de doenças crônicas. (iStock/Getty Images)
Os autores acreditam que o stress gerado por separações conflituosas afetam a fisiologia e processos inflamatórios dos filhos. Em longo prazo, isso aumenta a probabilidade de uma saúde mais fraca e de doenças crônicas. (iStock/Getty Images)

A separação dos pais afeta de muitas formas os filhos. Agora, um novo estudo sugere que o acontecimento pode abalar a saúde física das crianças no longo prazo. A pesquisa, publicada na segunda-feira na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), mostrou que filhos que vivenciaram um divórcio ou uma separação conflituosa de seus pais, têm sua saúde prejudicada até a idade adulta.


Maior chance de adoecer

No estudo, 201 adultos saudáveis que concordaram em ser colocados em quarentena, foram expostos a um vírus que causa o resfriado comum e monitorados por cinco dias. Os resultados mostraram que aqueles cujos pais se separaram e não se falaram durante anos eram três vezes mais propensos a adoecer, em comparação com aqueles cujos pais se divorciaram mas permaneceram em contato durante o crescimento das crianças.

Os pesquisadores acreditam que esse efeito prejudicial de uma separação litigiosa na saúde física dos filhos aconteça devido ao stress causado por essa situação. Os participantes que adoeceram com mais facilidade apresentaram inflamação mais severa em resposta a uma infecção viral.

Stress afeta o sistema imunológico

“As experiências estressantes no início da vida fazem algo com a nossa fisiologia e processos inflamatórios que aumenta o risco de uma saúde mais fraca e doenças crônicas. Este trabalho é um avanço na nossa compreensão de como o stress familiar durante a infância pode influenciar a susceptibilidade de uma criança a doenças 20, até 40 anos depois”, disse Michael Murphy, associado de pesquisa de pós-doutorado em psicologia na Universidade Carnegie Mellon.

O estudo também mostrou que os filhos adultos de pais que se separaram, mas mantiveram contato, não eram mais propensos a ficar doentes do que aqueles de famílias intactas.


“Nossos resultados visam o sistema imunológico como um importante portador do impacto negativo a longo prazo do conflito familiar. Eles também sugerem que os divórcios não são todos iguais e que a comunicação contínua entre os pais amortece os efeitos deletérios da separação nas trajetórias de saúde das crianças”, disse Sheldon Cohen, coautor e professor de psicologia.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que adultos cujos pais se separaram durante sua infância têm um risco maior de ter a saúde mais fraca.

(Com AFP)





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