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Sexta - 16 de Junho de 2017 às 11:00
Por: Diego Frederici/Folha Max

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Os deputados estaduais Silvano Amaral e Romoaldo Júnior (ambos PMDB), comemoraram a prisão domiciliar do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa(PMDB). Ele ficou 21 meses preso e até o início da noite da última terça-feira (13) encontrava-se no Centro de Custódia da Capital (CCC), em Cuiabá, quando foi beneficiado com a determinação da juíza Selma Rosane Santos Arruda, que converteu sua prisão preventiva em domiciliar.

Silvano e Romualdo afirmaram que Silval, acusado de desviar milhões dos cofres públicos, realizou um “grande governo” As declarações foram dadas na manhã desta quarta-feira (14) na Rádio Capital.

Silvano Amaral disse que “recebeu com surpresa” a notícia de “relaxamento” da prisão do ex-governador, que deverá ser monitorado por tornozeleira eletrônica, mas em sua residência, em Cuiabá. Segundo ele, além de ter feito um “grande governo”, Silval possui o seu “legado” e que a saída do político do CCC foi “muito tardia”, justificando que não há condenação contra o ex-chefe do Poder Executivo de Mato Grosso.

“Foi um grande governo. Benefícios aconteceram em virtude do seu próprio governo, como o VLT, a BR-174, o Mato Grosso Integrado, que hoje virou Pró-Estradas. A soltura do Silval ocorreu de certa forma até muito tardia, porque não há condenação”, disse Silvano Amaral.

O deputado estadual também alfinetou o atual governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), dizendo que “não dá para ficar olhando para trás e jogar na conta do ex-governador”. O peemedebista disse ainda que Silval foi um chefe de Estado “muito mais executivo, de fazer as coisas acontecerem”.

Romoaldo Júnior relatou que ficou “muito feliz” que o ex-governador tenha deixado o CCC. “Ele volta para os braços da sua esposa, dos seus filhos e ver seu neto que ele não conhecia ainda”, afirmando, também, que a prisão “deve ser coisa muito difícil”.

Segundo ele, a gestão de Silval Barbosa deve ser “reconhecida” sobretudo pelo funcionalismo público estadual em sua atuação na implementação do plano de carreiras e salários dos servidores. Apesar dos elogios, Romoaldo não acredita que o ex-governador volte para a política.

“A gente tem que reconhecer. O funcionário público reconhece nele uma pessoa que teve uma postura bastante efetiva na elaboração dos planos de carreira e salários. Mas não acredito que ele tenha vontade de continuar sua carreira política. Depois de passar por tudo isso que o Silval passou [a pessoa] desiste ou se arrepende de ter entrado na vida pública”, assinalou.

ABRAÇOS E DELAÇÃO

Romoaldo Júnior também afirmou que uma possível delação premiada de Silval Barbosa, que há meses vem sendo especulada no meio jurídico, pode atingir muitos políticos da “alta cúpula”, meio que, segundo o deputado estadual, o ex-governador fazia parte.

“Ele foi um político importante, um político atuante. Exerceu a primeira-secretária, foi presidente da Assembleia, [atuou] na vice-governadoria, governadoria. Andou na alta cúpula. Não tenha dúvida, se ele contar tudo...”, ponderou Romoaldo, sem completar a frase.

Ele disse ainda que a delação “não pode esconder nada” e que se houver um acordo de colaboração premiada Silval Barbosa “vai falar tudo”. “Essa é a tônica do Brasil hoje. Acredito que quando você faz uma delação você não pode esconder nada. Se ele fez a delação ele vai falar tudo. E se esse tudo for para melhorar o Estado e o país, que seja bem vinda essa delação”, disse o deputado estadual.

Perguntando se iria dar um “abraço” no ex-governador, Romoaldo Junior, que chegou a ser líder do governo na AL-MT durante a gestão de Silval, não titubeou. “Com certeza eu vou. Não sei se hoje ou amanhã. Mas eu vou lá dar um abraço nele e ver a alegria da família dele. Não tenha dúvida disso”.





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