"Falsos médicos" repassariam dinheiro de golpe para facção em MT
Integrantes de uma quadrilha acusada de aplicar golpe em parentes de pacientes internados para tratamento de saúde, conhecido como “falso médico”, foram presos pela Polícia Judiciária Civil, em Rondonópolis (212 km ao Sul), no início da tarde de terça-feira (20.06). Dois homens e uma mulher enganaram uma vítima do Rio de Janeiro (RJ), que teve prejuízo financeiro de R$ 7,8 mil.
Adina Larissa Augusta de Menezes, 20, Luiz Henrique Kriger Cavalvante, 18, e o reeducando Wellington Bittencourt Jacinta, 27, foram autuados em flagrante por estelionato e associação criminosa. Outra mulher envolvida, S.R. C. de 43 anos, será indiciada nos mesmos crimes.
As investigações da Delegacia Especializada de Roubos (Derf) e Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (Dhpp) resultaram na apreensão de R$ 4 mil, em espécie, proveniente de estelionato e um caderno de anotações pertencente ao reeducando Wellington e aparelhos celulares.
A Polícia Civil foi acionada pelo gerente do Banco do Brasil, pelo serviço 197, que informou sobre um homem em atitude suspeita realizando saques.
O gerente relatou que a pessoa estava nas dependências da agência bancária para sacar um valor total de R$ 7,8 mil. Pouco antes, pelo terminal eletrônico, ele tinha realizado saques nos valores de R$ 800, R$ 2 mil e R$ 1,2 mil, respectivamente, somando a quantia de R$ 4 mil.
Não sendo mais possível sacar dinheiro, o suposto cliente subiu até o atendente do caixa da agência bancária, para pessoalmente sacar R$ 3,8 mil, restante da conta. O valor já havia sido bloqueado pelo banco.
Os policiais civis montaram vigilância na agência bancária e avistaram o momento que a suspeita Adina Larissa se aproximou de Luiz Henrique, e recebeu o dinheiro sacado.
Na abordagem, os policiais apreenderem com Adina o dinheiro retirado da conta de Luiz Henrique, referente ao depósito oriundo do Rio Janeiro. A vítima, depois de perceber que foi enganada, registrou boletim de ocorrência.
As investigações confirmaram que foi o presidiário Wellington Bittencourt Jacinta, que está recolhido na Penitenciária Major Eldo de Sá Correia (Mata Grande), em Rondonópolis, via telefone, induziu a vítima mediante fraude, a fazer o depósito.
Wellington também avisou Adina que grande parte do dinheiro seria entregue para uma mulher, identificada como S.R.C., moradora do bairro Vila Estrela Dalva em Rondonópolis, e essa repassaria o dinheiro para uma facção criminosa. No entanto S.R.C. não foi localizada em seu endereço.
O detento Wellington foi conduzido até a Delegacia de Roubos e Furtos e com ele apreendido um caderno de anotações com detalhamento de como deve proceder para praticar crimes de estelionato, bem como números de telefones de possíveis vítimas.
Os três envolvidos foram interrogados e autuados em flagrante por estelionato e associação criminosa. A quarta suspeita responderá pelos mesmos crimes.
Golpe do Falso Médico
Nesta modalidade um desconhecido se identifica pelo telefone como sendo diretor clínico de hospital, normalmente não dispõe de conhecimento técnico científico sobre tratamentos médicos e, por isso, menciona exames absurdos. O estelionatário trabalha com a fragilidade da família que tem um parente internado.
Como evitar: Desconfie de qualquer pedido de dinheiro pelo telefone proveniente de hospitais; contrate eventuais exames diretamente em uma clínica ou hospital; em caso de telefonema procure confirmar os nomes de todo o corpo clínico e retorne imediatamente a ligação para o hospital pelo número do telefone que você dispõe, nunca ao número fornecido pelo interlocutor; não deposite quantias em contas de desconhecidos.
Comentários