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Internacional
Sexta - 31 de Agosto de 2012 às 14:48

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Frame de TV exibe a mensagem pedindo liberdade às integrantes da Pussy Riot na cena do crime, em Kazan. Foto: AP

Frame de TV exibe a mensagem pedindo liberdade às integrantes da Pussy Riot na cena do crime, em Kazan. (Foto: AP)

Um professor universitário que confessou ter matado duas mulheres na cidade russa de Kazan disse ter rabiscado "Free Pussy Riot" em sangue na parede do apartamento das vítimas para enganar os investigadores, informou a polícia na sexta-feira.

 

A sugestão inicial de que o assassino foi inspirado pelas ações da banda punk Pussy Riot, que tem três de suas integrantes presas depois de cantarem uma "oração punk" sarcástica em uma catedral, havia provocado novas críticas ao grupo por uma autoridade da Igreja Ortodoxa Russa, na quinta-feira.

Mas o relatório da polícia deixou claro que o crime não tinha sido cometido por um fã da Pussy Riot e não foi inspirado pelo protesto do grupo contra o presidente Vladimir Putin, em fevereiro, perto do altar da Catedral de Cristo Salvador, em Moscou.

O suspeito, um homem de 38 anos que vive com seus pais, disse à polícia que havia matado as vítimas - uma ex-colega de classe de 38 anos que o havia ajudado a pagar dívidas e a mãe dela - durante uma discussão. Ele disse que, em seguida, escreveu as palavras na parede "para afastar a suspeita de si mesmo e retratar como uma matança ritual", informou o Ministério do Interior regional.

Os corpos das mulheres foram encontrados no apartamento delas na quarta-feira e a televisão estatal mostrou repetidas vezes as imagens da frase escrita na parede da cozinha.

Dimitry Smirnov, chefe do departamento de relações com as Forças Armadas e agências judiciais da igreja, disse à agência de notícias Interfax na quinta-feira que os fãs do grupo agora tinham "sangue em sua consciência". Mas advogados da banda imediatamente afirmaram que a banda e seus fãs não tinham nada a ver com os assassinatos em Kazan, capital da região de Tartaristão, a 720 quilômetros ao leste de Moscou.





Fonte: Reuters

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