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Quarta - 28 de Junho de 2017 às 11:03

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Alair Ribeiro/MidiaNews
O deputado estadual Gilmar Fabris, vice-presidente da Assembleia Legislativa
O deputado estadual Gilmar Fabris, vice-presidente da Assembleia Legislativa

O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), considera imprescindível que o governador Pedro Taques (PSDB) lidere um amplo debate com os Poderes Legislativo e Judiciário, servidores públicos e a classe empresarial para Mato Grosso pôr fim à crise financeira que tem comprometido o andamento dos serviços de saúde pública e até mesmo a transferência mensal do duodécimo.

“O caminho mais viável para manter os serviços públicos em andamento e identificarmos alternativas de financiamento para a crise na saúde pública é o próprio governador liderar este processo com o Parlamento e a classe produtora. A classe empresarial como um todo e os demais poderes não devem ser excluídos deste debate”, disse.

Parlamentar de sexto mandato, Fabris avalia que a situação do governador Pedro Taques se assemelha ao cenário enfrentado pelo ex-governador Dante de Oliveira, que herdou o Estado com salários dos servidores públicos atrasados e capacidade de investimentos zerada, pois faltava dinheiro até mesmo para repassar aos poderes constituídos.

''É preciso vir a público, expor a situação financeira delicada do Estado e assim discutirmos as alternativas para encerrar essa celeuma''

“Naquela ocasião, o Dante de Oliveira promoveu os enfrentamentos necessários, com reformas administrativas, corte de despesas e trabalhando para Mato Grosso atrair investimentos. O resultado de todo este esforço é reconhecido nacionalmente pela capacidade econômica de Mato Grosso com forte vocação agrícola”, disse.

Fabris considera que cabe a Taques liderar o mesmo processo agindo com transparência e capacidade política para construir os acordos necessários.

“É preciso vir a público, expor a situação financeira delicada do Estado e assim discutirmos as alternativas para encerrar essa celeuma envolvendo despesas com servidores públicos e poderes e garantir com eficiência a prestação do serviço público”.

Na avaliação do parlamentar, Mato Grosso não suporta mais uma greve geral dos servidores públicos, comprometendo a capacidade de arrecadação de impostos em um momento de crise econômica, o que obrigatoriamente exige que o funcionalismo tenha plena capacidade de entendimento a respeito da crise que o País enfrenta.

“O Governo do Estado tem credibilidade para pagar a RGA [Revisão Geral Anual] parcelada, pois assim já fez no passado e honrou esse compromisso. O servidor também precisa ter consciência de que o País enfrenta uma grave crise econômica, com falência pública de Estados como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro e uma taxa de 14 milhões de desempregados. Não dá para brigar com a realidade”, afirmou.

Saúde

Com relação à saúde pública, que nas últimas semanas levou o Governo do Estado a deslocar R$ 162 milhões da folha de pagamento para honrar dívida com os Municípios, Fabris defende que Taques venha a público apresentar as dificuldades enfrentadas no setor e discutir com a classe produtora alterações na lei do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habilitação) que possa conciliar investimentos na infraestrutura com o social.

“Para uma gestão pública, educação, saúde e segurança pública são essenciais. Já que a saúde pública está mergulhada em crise de financiamento, entendo que o governador é o mais capacitado para liderar com a classe produtora diálogos com o agronegócio. Por que não destinar 80% do Fethab para a estradas e 20% para a saúde? Ou 80% para estradas, 15% para saúde e 5% para habitação? Essa crise só pode ser eliminada pelo Executivo agindo de forma transparente”, conclui.





Fonte: Midia News

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