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Policia MT
Terça - 04 de Julho de 2017 às 14:43

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O megratraficante de cocaína Luiz Carlos da Rocha, conhecido como "Cabeça Branca" - preso no último sábado (1º) em Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá) -, possuía de cinco a seis fazendas em Mato Grosso, além de casas e apartamentos em Cuiabá, segundo a Polícia Federal.



De acordo com o delegado Elvis Secco, do Paraná, os terrenos eram usados para receber aviões que traziam drogas da Bolívia, Peru e Colômbia.



“De lá [fazendas], as drogas eram colocadas em caminhões e transportadas para São Paulo. Parte ficava para facções na capital paulista e Rio de Janeiro, e outra era exportada para a Europa e Estados Unidos, pelo Porto de Santos”, informou o delegado.



A estimativa das investigações é de que o patrimônio adquirido por Cabeça Branca com o tráfico internacional de drogas chegue a US$ 100 milhões.



Secco comentou que Luiz Carlos da Rocha era uma “lenda” do tráfico internacional de drogas. Isso porque, segundo o delegado, ele conseguiu viver foragido durante 30 anos.



“Desde que eu entrei na Polícia Federal, falava-se do Cabeça Branca. Ele foi investigado diversas vezes, condenado em três operações e nunca havia sido preso até então. A prisão dele, para a PF, é, com certeza uma grande satisfação”, afirmou.



Conforme o delegado, o megatraficante conseguiu viver foragido durante todo esse tempo devido às cirurgias plásticas que realizou. "Para se ter uma ideia, ele deve estar com 60 anos, mas tem uma aparência de 30", observou.



Além disso, de acordo com Secoo, ele não tinha contato direto com o tráfico de drogas e vivia uma vida "lícita" em Sorriso, como um grande agropecuarista.



“Lá [Sorriso], ele vivia uma vida normal com a esposa e o filho pequeno e era conhecido na região como um grande agropecuarista. Ele não estava preocupado em ser preso, apesar de todos os mandados contra ele, porque tinha convicção de que ninguém iria reconhecê-lo. Não teria como cruzar com ele em um bloqueio policial, por exemplo, e chegar à conclusão que era ele”, relatou.



Ainda segundo o delegado, a Polícia Federal só conseguiu chegar à identificação do megatraficante após uma investigação que durou um ano.



"Nós utilizamos, nessa investigação, todos os meios previstos na lei, até mesmo de infiltração de agentes. Com essas técnicas, conseguimos chegar nos comparsas dele. Depois, de posse das fotos dele, chegamos à conclusão que algumas características batiam com o Cabeça Branca. Nessa dúvida, entramos em contato com Instituto de Criminalista em Brasília, pedimos o laudo de reconhecimento facial, que concluiu que se tratava da mesma pessoa", disse.



"Após isso, montamos diversas equipes no País e fora do País e fomos cercando essa situação até chegar nas residências que ele tinha mais frequência, que era em Mato Grosso, onde conseguimos prendê-lo", completou.



Prisões



Rocha foi detido dentro de uma padaria, no centro de Sorriso. Imagens da câmera de segurança do estabelecimento mostram o exato momento da prisão.



No vídeo, é possível vê-lo entrando na padaria, de camiseta, bermuda e chinelo. Logo atrás dele entram três policiais federais e outro agente fica do lado de fora. No balcão da padaria, ele foi surpreendido pelos policiais. Ele é algemado pelos policiais.



A proprietária da padaria afirmou que jamais desconfiou que o cliente fosse um criminoso.



"Aparentemente, era uma pessoa simples, muito séria, não costumava conversar com os atendentes. Temos o hábito de oferecer produtos aos clientes, as ofertas, mas ele não era comunicativo, quem mais se comunicava era a esposa", contou Francielle Belle.



Além de Rocha, foi preso em Londrina, no Norte do Paraná, Wilson Roncarati, considerado pela PF o braço direito do traficante.





Fonte: Mídia News

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