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Cidades/Geral
Terça - 04 de Julho de 2017 às 15:16

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Uma servidora pública, de 63 anos, tenta comprovar que está viva para poder se aposentar. Begail Eufrásia Farias trabalhou por 10 anos na Prefeitura de Cuiabá e começou a juntar documentos para comprovar o tempo de serviço. Durante o processo, ela recebeu um documento retirado do sistema da prefeitura dizendo que está morta desde 2001.

A Prefeitura de Cuiabá informou que nos registros consta que Begail trabalhou como agente comunitária de saúde e que um documento que comprova esta atividade, caso ela necessite dele, pode ser retirado na sede da secretaria, que fica no Bairro Duque de Caxias. A prefeitura também explicou que não é o município que responde pela informação de que ela estaria morta.

“A gente trabalha, deixa filho – na época deixava com os avós para cuidar dele, enquanto eu ia trabalhar e quando eu preciso desse tempo e eu não posso contar”, se revoltou a idosa. Begail reclama que mesmo constando no sistema da prefeitura como uma pessoa que morreu há 16 anos, as contas e cobranças dos impostos ainda chegam até ela.

Para a advogada Jaqueline Larréa, a servidora pode até receber indenização por danos morais por conta dos transtornos sofridos.

“Ela procurar o cartório onde foi registrada para pedir uma segunda via da certidão de nascimento para ver se existe averbação de algum óbito no nome dela. Havendo o registro, ela deve fazer a aprovação de uma ação judicial para retificar isso”, orientou a advogada.

A servidora pública diz que tentará provar que está viva para conseguir a aposentadoria. “Morto, eu que saiba, não paga IPTU. E todas as contas [chegam] na minha casa: luz, água, telefone. Eu pago tudo. Então, eu acredito que a partir do momento que você morre, você deixa de pagar esses compromissos”, brincou.





Fonte: G1 MT

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