Servidora pública tenta provar que está viva para se aposentar
Uma servidora pública, de 63 anos, tenta comprovar que está viva para poder se aposentar. Begail Eufrásia Farias trabalhou por 10 anos na Prefeitura de Cuiabá e começou a juntar documentos para comprovar o tempo de serviço. Durante o processo, ela recebeu um documento retirado do sistema da prefeitura dizendo que está morta desde 2001.
A Prefeitura de Cuiabá informou que nos registros consta que Begail trabalhou como agente comunitária de saúde e que um documento que comprova esta atividade, caso ela necessite dele, pode ser retirado na sede da secretaria, que fica no Bairro Duque de Caxias. A prefeitura também explicou que não é o município que responde pela informação de que ela estaria morta.
“A gente trabalha, deixa filho – na época deixava com os avós para cuidar dele, enquanto eu ia trabalhar e quando eu preciso desse tempo e eu não posso contar”, se revoltou a idosa. Begail reclama que mesmo constando no sistema da prefeitura como uma pessoa que morreu há 16 anos, as contas e cobranças dos impostos ainda chegam até ela.
Para a advogada Jaqueline Larréa, a servidora pode até receber indenização por danos morais por conta dos transtornos sofridos.
“Ela procurar o cartório onde foi registrada para pedir uma segunda via da certidão de nascimento para ver se existe averbação de algum óbito no nome dela. Havendo o registro, ela deve fazer a aprovação de uma ação judicial para retificar isso”, orientou a advogada.
A servidora pública diz que tentará provar que está viva para conseguir a aposentadoria. “Morto, eu que saiba, não paga IPTU. E todas as contas [chegam] na minha casa: luz, água, telefone. Eu pago tudo. Então, eu acredito que a partir do momento que você morre, você deixa de pagar esses compromissos”, brincou.
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