Delegado descarta rede de pedofilia; trio acusado de estuprar e fotografar crianças
O delegado Daniel Valente, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), deve finalizar o inquérito de um trio responsável por abusar sexualmente de mais de 22 crianças com idades entre 2 e 12 anos até esta segunda-feira (28). O responsável pelo caso ainda praticamente descartou a existência de uma rede de pedofilia e a informação de que A.H., de 64 anos, tenha abusado de mais de 100 menores.
“O inquérito será finalizado até segunda-feira, tendo em vista o prazo legal já que o senhor suspeito está preso. Em princípio não existe rede de pedofilia”, explicou o delegado titular da Deddica, em entrevista ao Olhar Direto. Antes, havia uma informação de que o senhor de 64 anos teria abusado de mais de 100 menores, o que – até agora – não se comprovou: “Não tem nada nos autos que indica esse número”.
Foram presos: M.L.H., homem de 35 anos, natural de Paranhos, Mato Grosso do Sul; A.H., homem de 64 anos, natural de Pato Branco, Paraná. Ainda, uma mulher de 58 anos, identificada como M.P.D.S.H., natual de Caxias, Maranhão. Todos são parentes e moram juntos, no Pedra 90.
Eles serão denunciados por estupro de vulnerável, porte ilegal de arma de fogo e denunciação caluniosa, isto porque além do trio usar de revolver e espingarda 36 (munida de cartuchos) para ameaçar de morte a família das crianças, forçando o estupro, a mulher teria acusado a guarnição do 24º Batalhão da Polícia Militar de roubar seu dinheiro, R$ 850,00, no momento da abordagem.
“O suspeito constantemente os ameaçava com um revolver dizendo que se não fizessem o que ele queria, iria matar seus familiares. Após o abuso, o suspeito dava pequenas quantias de dinheiro para as vítimas em troca do silêncio”, relataram as crianças, conforme consta do BO.
Ainda segundo as meninas, outras 18 crianças teriam sido estupradas e possuíam fotos nuas no computador do trio. Inclusive três delas eram irmãs e foram estupradas juntas. Adiante, as vítimas narram que certo dia o trio recebeu em sua casa, no Pedra 90, um bebê de apenas dois anos, que teria sido estuprada pelo suspeito A.H., de 64.
Todos os crimes ocorriam com o consentimento da suspeita M.P.D.S.H., de 58, que após o estupro, dava “presentinhos” para as crianças, como lanches, sucos e refrigerantes. Fora também ela a responsável por causar tumulto no momento da abordagem, acusando os policiais militares de terem roubado dinheiro de seu quarto. A PM revistou a casa e encontrou a quantia de R$ 850,00 em um cesto de roupa suja. Ela responderá pela denúncia caluniosa feita contra os oficiais.
(Colaborou Paulo Victor Fanaia Teixeira).
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