Sobe para 60 o número de mortos em terremoto no México
Ao menos 60 pessoas morreram quando o terremoto mais forte a atingir o México em mais de oito décadasarrasou edifícios, obrigou retiradas em massa e disparou alertas até no sudeste da Ásia.
De acordo com as informações oficiais, foram 45 mortos no estado de Oaxaca, 12 em Chiapas e três em Tabasco.
O terremoto de magnitude 8,1 ocorrido no litoral sul na noite de quinta-feira (7) foi mais forte do que um tremor devastador de 1985 que arrasou partes da Cidade do México e matou milhares de pessoas. Desta vez os danos à cidade foram limitados, já que o tremor foi mais profundo e mais distante da capital, mas ainda assim chocante.
A cidade de Juchitán, no Estado de Oaxaca, próxima do epicentro, foi especialmente atingida, e seções da prefeitura, um hotel, um bar e outros edifícios foram reduzidos a escombros. "A situação em Juchitán é crítica; este é o momento mais terrível de nossa história", disse a prefeita, Gloria Sánchez, depois do longo terremoto, que também abalou a Guatemala e El Salvador.
Em declarações ao canal Televisa, o governador do estado de Oaxaca, Alejandro Murat, atualizou o número de mortos na sua região para 25 pessoas e disse que há vários feridos, ainda que a nível de infraestruturas os danos parecem ser menores.
Um porta-voz dos serviços de emergência disse que nove pessoas morreram no Estado de Chiapas, onde milhares de pessoas que moram na costa foram retiradas de suas casas como precaução quando o sismo desencadeou alertas de tsunami. Ao menos 250 habitantes de Oaxaca também ficaram feridos, de acordo com o ministro da Agricultura, José Calzada
O secretário de Defesa Civil do Governo de Chiapas, Luis Manuel García Moreno, disse que mais três pessoas, menores de idade, morreram no estado de Tabasco. Foram registradas várias quedas de casas e cortes no fornecimento de energia elétrico. "Lamentavelmente temos o registro de sete pessoas mortas. Três ocorreram no município de San Cristóbal de las Casas, dois em Villaflores, uma mais em Pijijiapan e uma mais em Jiquipilas", segundo a Televisa.
Quanto aos feridos, o coordenador de Proteção Civil, Luis Felipe Puente, apontou que a Secretaria de Saúde ainda está realizando uma recontagem nos hospitais das pessoas que ingressam por feridas causadas pelo tremor. Ele disse que a Secretaria de Comunicações e Transportes confirmou deslizamentos em algumas estradas e "pequenos danos", ainda que diversos sistemas de transporte do país, bem como todo tipo de infraestruturas públicas e as escolas de 11 estados permanecem fechadas para serem submetidas a uma revisão.
"A rede estrada federal opera em todo o país. Os estados de Chiapas, Oaxaca e Tabasco registram alguns danos sem afetar a conectividade", explicou em um comunicado o secretário de Comunicações e Transportes do México, Gerardo Ruiz Esparza.
O terremoto fez tremer pelo menos dez estados do sul e do centro do México, pelo que até 50 milhões de pessoas - quase a metade da população do país - pôde senti-lo, segundo Peña Nieto. Por causa deste fato, a Defesa Civil aproveitava para convocar a participação no simulacro, que está previsto para acontecer em todo o país no dia 19 de setembro, coincidindo com o aniversário do devastador tremor de 1985.
Alerta de tsunami
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, advertiu à população, nesta sexta-feira (8), ser provável que nas próximas 24 horas aconteça uma forte réplica do terremoto, ainda que de "um grau menor". Ele disse que até agora o alerta de tsunami no estado de Chiapas, onde foi registrado o epicentro do terremoto ontem à noite, "não representa um risco maior", e considerou que 50 milhões de pessoas devem ter sentido em várias partes do país.
Brasileiros
O Itamaraty informou há pouco que ainda não há registro de cidadãos brasileiros entre as vítimas do terremoto no México e que seguirá acompanhando a situação, por meio do Consulado-Geral do Brasil na Cidade do México, em coordenação com a Divisão de Assistência Consular.
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