Sem mencionar explicitamente o Irã, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, condenou nesta quinta-feira o país, ao participar de um evento em Teerã, por ameaçar destruir Israel e negar o Holocausto.
"Eu rejeito fortemente ameaças de qualquer Estado membro de destruir um outro ou tentativas ultrajantes de negar fatos históricos como o Holocausto", afirmou Ban em seu discurso na cúpula do Movimento dos Não-Alinhados, que está sendo realizada na capital iraniana.
"Alegar que Israel não tem o direito de existir ou descrevê-lo em termos racistas não só é algo errado como mina o próprio princípio com o qual todos nos comprometemos", disse ele.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, vem repetidamente negando o Holocausto e este mês descreveu Israel como um "tumor cancerígeno". Em 2005, ele causou indignação quando surgiram relatos de que ele declarou que Israel deveria "ser varrido do mapa".
Especialistas na língua persa dizem que uma tradução mais correta da declaração que Ahmadinejad fez naquele ano seria: "Israel tem de desaparecer da página do tempo".
Ban aceitou participar da cúpula dos Não-alinhados, apesar de apelos dos Estados Unidos e de Israel para que ele boicotasse o evento.
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