A Austrália sofreu sua maior perda em combate desde a Guerra do Vietnã com a morte de cinco soldados no Afeganistão, disseram autoridades australianas nesta quinta-feira.
A primeira-ministra Julia Gillard decidiu a antecipar seu retorno ao país de um encontro regional de líderes da região do Pacífico em consequência das mortes.
Oficiais da Força de Defesa da Austrália e da coalizão liderada pela Otan disseram que três australianos foram mortos no sul do Afeganistão na quarta-feira por um afegão que usava uniforme de soldado. As mortes elevaram para 45 o número de soldados da coalizão liderada pela Otan mortos este ano em inesperados ataques a tiros.
Mais tarde, as autoridades australianas informaram que outros dois soldados morreram na queda de um helicóptero no sul afegão nesta quinta-feira.
"Essa é uma notícia tão essencialmente chocante que para muitos australianos será sentida como um golpe físico", disse Gillard, emocionada, a repórteres nas Ilhas Cook, onde participava de um fórum de líderes de ilhas do Pacífico.
Gillard anunciou que retornaria ao país antecipadamente nesta quinta-feira para prestar informações sobre as mortes.
O alarmante crescimento no número de tiroteios indiscriminados e de outros ataques eleva a pressão sobre os membros da coalizão para que agilizem os planos de retirada do Afeganistão.
Pelo atual cronograma, a maioria das tropas estrangeiras de combate deve deixar o Afeganistão até o fim de 2014, entregando a responsabilidade pela segurança às forças afegãs.
Pesquisas de opinião mostram que a grande maioria no país quer a saída das forças da Austrália do Afeganistão, embora Gillard tenha afastado a possibilidade de qualquer antecipação.
Na semana passada a Nova Zelândia, país vizinho, anunciou que iria acelerar a retirada de suas tropas, depois da morte de mais três de seus soldados
Comentários