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Domingo - 31 de Dezembro de 2017 às 15:56
Por: Douglas trielli/midianews

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O deputado estadual Romoaldo Junior, que foi relator da PEC do teto de gastos na CCJ
O deputado estadual Romoaldo Junior, que foi relator da PEC do teto de gastos na CCJ

O deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB) afirmou que a Emenda Constitucional do Teto de Gastos, aprovada em dezembro pela Assembleia Legislativa, poderia ter “ampliado” o corte nos orçamentos dos Poderes.

Em conversa com a imprensa, o peemedebista, que foi relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), classificou como “absurdo” os valores repassados para custear as instituições do Estado.

“A PEC é importante não só para o final deste Governo como para o próximo. Chegou na hora do Governo aprender a gastar menos do que arrecada. Mas o resultado da PEC foi tímido em algumas áreas. Tinha que ter cortado mais dos Poderes. Nada justifica Mato Grosso passar para os Poderes constituídos R$ 200 milhões por mês, enquanto a Saúde está padecendo com falta de recursos”, afirmou.

Romoaldo, que já foi presidente e primeiro secretário da Assembleia Legislativa, defendeu que o ideal seria um corte de até 15% nos repasses hoje estabelecidos.

Para ele, o orçamento ideal da Assembleia seria de R$ 300 milhões e R$180 milhões para o Tribunal de Contas (TCE). Em 2018, a previsão é de pouco mais de R$ 500 milhões ao Legislativo e R$ 300 milhões à Corte de Contas.

“Eu acho um absurdo o TCE ter R$ 370 milhões. Sou deputado, fui da Mesa DIretora, mas acho um absurdo a Assembleia ter R$ 500 milhões. Dá para tirar mais de R$ 100 milhões e colocar na Saúde. O MPE também tem gordura”, disse.

“Já o Poder Judiciário, com suas 80 comarcas no interior, é um poder paralelo e faz jus a um recurso desses. Mas os demais Poderes podem, sim, cortar, devolver um pouco, cortar os privilégios”, afirmou.

O peemedebista defendeu que os repasses poderiam salvar setores como a Saúde, que sofre com o atraso nos repasses.

“Não foi além porque chega na hora, os demais Poderes vêm para cima. É o jogo de interesses. Vai 10 anos para chegar naquilo que precisamos, sendo que poderíamos chegar neste momento, na aprovação da PEC, e fazer os cortes necessários”, disse.

“A população não aguenta mais Governo entrar, pagar folha, passar duodécimo dos Poderes e não ter recurso necessário para atingir a sociedade. Mato Grosso não é apenas 100 mil servidores e quatro Poderes. É constituído por mais de 3 milhões de habitantes”, completou.





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