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Quarta - 03 de Janeiro de 2018 às 15:37
Por: folhamax

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O assessor especial do Ministério da Comunicação, José Augusto Curvo, o “Tampinha” (PSD), criticou os investimentos do Governo do Estado na “Caravana da Transformação”, que leva, entre outros serviços, cirurgias oftalmológicas a população. Segundo o suplente de deputado federal, que até então era aliado do governador Pedro Taques (PSDB), metade do valor gasto pelo em cada Caravana da Transformação seria o necessário para finalizar a nova sede do Instituto Lions da Visão (ILV).

O hospital beneficente, que seria o maior centro cirúrgico oftalmológico da América Latina e está parado há três anos, precisa de R$ 3 milhões para ser concluído. As obras, porém, não avançaram por falta de recursos.

“Seria muito mais seguro para o paciente operar na instituição, já que no ILV há acompanhamento de pré e pós-operatório e centros cirúrgicos adequados”, afirma “Tampinha”.

Além disso, segundo ele, o instituto é algo muito mais definitivo e que irá ficar para a população depois desse e de qualquer outro Governo, enquanto a Caravana acaba com a gestão tucana. “Se o Governador quisesse realmente acabar com os problemas oftalmológicos do Estado terminaria o ILV”, acrescenta.

“Tampinha”, que é médico, explica que realizar procedimentos médicos em caminhões, com vários pacientes ao mesmo tempo, como acontece na Caravana, vai contra todos os preceitos da Organização Mundial da Saúde e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Pacientes podem perder a visão devido a infeções, morrer por falta de pré e pós operatórios adequados. Ele lembrou o caso de Relindo dos Santos, 74 anos, que faleceu após se submeter a uma cirurgia de catarata em Tangará da Serra.

Tampinha ainda relembra que desde o início da Caravana vem alertando sobre os perigos do que ele chama de “desserviço”.

A nova sede do Instituto Lions da Visão poderia atender até cinco mil pessoas e realizar duas mil cirurgias em um mês. Além disso, os atendimentos no prédio atual também estão suspensos devido a falta de repasses, que já somam mais de R$ 600 mil.

Segundo o presidente do ILV, Whady Lacerda, as promessas do governador de que a obra seria terminada não foram cumpridas e o prédio já sofre com deteriorização, como infiltrações e rachaduras. “A Caravana deveria focar em assistência social propriamente dita. Fazer cortes de cabelos, atendimentos dentários, emissão de documentos e muito mais, mas não cirurgias em locais inapropriados”, finaliza Tampinha.





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