ECONOMIA DOMÉSTICA
Cesta básica fica mais barata em 21 capitais em 2017, diz Dieese Em dezembro, o salário mínimo necessário para manter uma família de 4 pessoas deveria equivaler a R$ 3.585,05, ou 3,83 vezes o mínimo de R$ 937, segundo estudo.
O preço médio da cesta básica caiu em 2017 em todas as 21 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ao longo do ano. O estudo foi divulgado nesta sexta-feira (5). A maior redução ocorreu em Belém (-13,70%) e a menor, em Aracaju (-2,70%).
Já em dezembro de 2017, o valor da cesta aumentou em 14 cidades na comparação com novembro. As altas mais expressivas foram vistas em Recife (1,31%), João Pessoa (1,42%) e no Rio de Janeiro (2,78%). As quedas ocorreram em sete capitas, com destaque para Porto Alegre (-3,92%), Curitiba (-1,66%) e Vitória (-0,71%).
Porto Alegre teve a cesta básica mais cara do país (R$ 426,74), seguido por São Paulo (R$ 424,36), Rio de Janeiro (418,71) e Florianópolis (R$ 418,61). Já os valores mais baixos foram observados em Salvador (R$ 316,65), João Pessoa (329,52) e Natal (R$ 331,18).
Salário mínimo necessário
O Dieese calcula o valor do salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, com base no valor da cesta básica.
Em dezembro de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.585,05, ou 3,83 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em dezembro de 2016, o salário mínimo necessário era maior, de R$ 3.856,23, ou 4,38 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00, segundo o Dieese.
No último mês de 2017, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 86 horas e 04 minutos. Já em dezembro de 2016, quando a pesquisa era feita em 27 capitais do país, a média foi de 98 horas e 58 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido (após o desconto do INSS), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro, 42,52% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandavam 42,47%. Em dezembro de 2016, quando a pesquisa era feita em 27 capitais, a média foi de 48,89%.
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