AUMENTO DE RECEITAS
Estado descarta aumentar impostos e promete "jogo duro" com sonegadores Novo chefe da Sefaz promete fazer ajuste fiscal e controlar gastos públicos
O governador Pedro Taques deu posse ao novo secretário de Fazenda, Rogério Gallo, e à nova procuradora-geral do Estado, Gabriela Novis Neves Pereira Lima. Centenas de familiares, amigos, colegas de profissão, jornalistas, empresários e servidores dos dois órgãos, compareceram ao Salão Nobre do Cloves Vettorato para prestigiar as posses no final da tarde desta quinta-feira (18).
O governador Pedro Taques, ao discursar, disse que uma das prioridades é aumentar a arrecadação, principalmente combatendo a sonegação, mas respeitando os limites legais.
“Nós precisamos arrecadar. Mas não é arrecadar a qualquer custo. Arrecadar respeitando direitos fundamentais. Nós vivemos num Estado em que ser empresário não é crime. Ser empresário é criar oportunidades. Nós não toleramos sonegadores. E os sonegadores não terão vida fácil. Não queremos atropelar direitos, mas nós faremos o que a lei determina. Sonegador não pode ter vez”, afirmou Pedro Taques
A nova procuradora geral do Estado, Gabriela Novis, fez um relato de sua vida pessoal e profissional, enfatizando a figura de seu avô, Archimedes Pereira Lima, uma pessoa com visão de futuro em Mato Grosso, desde os anos 30 do século passado, a quem ela atribuiu grande parte do mérito de estar sendo empossada no cargo.
“Eu vou continuar a história dele. Fazendo o bem. Aquela vida digna de que quando a pessoa vai embora, fala assim: que homem honrado, simples, sem máculas, probo. Esse é o meu avô. Agradeço o seu convite (governador Pedro Taques), e o aceito para honrar a memória dele”, destacou Gabriela Novis.
Ela é a primeira mulher a ocupar a chefia da PGE em Mato Grosso. Destacou que ainda é pequena participação das mulheres no processo decisório, embora representem cerca de 50 por cento do eleitorado. “Eu quero em nome de todas as mulheres agradecer esse convite. Porque é muito importante a participação feminina nas grandes decisões na gestão pública. Somos mais da metade do eleitorado, mas nunca estamos na metade da mesa”, afirmou a nova procuradora geral.
Sobre sua atuação na PGE, Gabriela Novis disse que pretende dar continuidade ao trabalho de seu antecessor, Rogério Gallo, dando ênfase ao aprimoramento no atendimento aos contribuintes, principalmente investindo na tecnologia da informação.
“A PGE vai se reinventar em 2018. Se em 2017 o foco foi a arrecadação, 2018 o foco vai ser investimento em tecnologia da informação, porque o cidadão mato-grossense merece o nosso respeito. Eu sei que nós tempos muitas falhas, mas estamos em fase de crescimento. Mas eu vou dar o melhor de mim para continuar o legado do Rogério (Gallo) e avançar cada vez mais”, pontuou Gabriela.
O novo secretário de Fazenda, Rogério Gallo, lembrou de sua origem humilde, quando veio para Mirassol D’Oeste, com seus pais e irmãos, da cidade de Pereira Barreto, interior de São Paulo, em meados da década de 70. Ele atribuiu sua carreira a seus pais Israel e Maria.
“Eu devo tudo a eles. A meu pai a honradez e lição básica da vida: honre o teu nome, honra a sua biografia. Em cada assinatura minha eu carrego, com o Gallo que o senhor me deu. Eu honro a cada dia o seu nome. A minha mãe, Maria, literalmente pegou na minha mão para estudar. Eu devo tudo que sou a vocês dois”, fez questão de salientar Rogério Gallo.
O novo secretário disse ter ciência dos desafios que o esperam à frente da Secretaria de Fazenda, mas conta com a participação dos servidores nessa empreitada para vencê-los
“Sou um procurador do Estado, mas ante de tudo, sou um servidor público. Quem estará à frente da Secretaria de Fazenda é um servidor público do Estado de Mato Grosso. Nós temos esse desafio, que enquanto servidores públicos, fazer a gestão fazendária e fiscal do Estado de forma responsável, proba, de forma que tenhamos o tão sonhado equilíbrio fiscal”.
Rogério Gallo destacou que fazer o ajuste fiscal é a prioridade para este ano. “Este ano na Secretaria de Fazenda nós temos esse desafio, de fazer com que nós tenhamos condição de controlar o gasto público e qualificar a aplicação do dinheiro público, fazer com que a máquina pública consuma menos e que nós tenhamos mais dinheiro voltado para o cidadão”, pontuou o novo titular da Fazenda.
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