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Sexta - 26 de Janeiro de 2018 às 08:50
Por: Ronaldo Pacheco/olhardireto

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O planejamento de como deve ser Mato Grosso para os próximos 30 anos ou 40 anos, nos diferentes segmentos da economia, na saúde, na educação, na segurança e na qualidade de vida deveria tomar os debates, neste momento. Somente depois que os partidos ou grupos políticos tiverem ao menos um esboço panorama geral é que se deve discutir nomes dos pré-candidatos ao governo de Mato Grosso e Senado da República, entre outros.

A proposta partiu do senador José Aparecido Cidinho Santos (PR) ao se revelar bastante preocupado com os rumos ‘meramente pessoais’ das discussões encetadas até o momento, sobre o processo sucessório estadual. “Não vi quase nada sobre a discussão maior, que é o planejamento estratégico para o futuro de Mato Grosso. Falam em nomes e pronto! Para mim, não está certo”, avisou que não é candidato à Câmara dos Deputados nem à Assembleia Legislativa.

A apreensão do senador pelo Partido da República se deve ao fato de Mato Grosso ter graves problemas a serem enfrentados, nos próximos anos. Entre os principais estão a necessidade de se buscar a tração de indústrias, a rediscussão do formato do agronegócio, a reformulação do combalido Sistema Único de Saúde (SUS) vigente no Estado, a melhoria na escola pública e outros quesitos. “Se não tivemos um programa sólido de atração de indústrias, lamentavelmente, vamos continuar exportando produtos primários e semi-elaborados, sem agregar valor”, ponderou ele.

A advertência se deve ao fato de os pré-candidatos de Mato Grosso até o momento sempre pensarem em fazer tudo na base do afogadilho, sem um planejamento de longo prazo. “Houve momento de consolidação do agronegócio como base da economia. E isso foi feito na gestão do governador [hoje senador] Blairo Maggi. Necessitamos avançar e atrair indústrias para agregar valor aos nossos produtos”, ensinou Cidinho Santos, para a reportagem.

Evitando se aprofundar no tema, José Aparecido Santos considera indispensável reformular a política de incentivos fiscais, com profundidade. “Mas reformar de verdade, não apenas em discurso! Colocar o incentivo fiscal como autêntico atrativo do empreendedor que deseja se instalar em Mato Grosso, para gerar emprego e renda”, afirmou ele, tomando o cuidado para não criticar o modelo implementado na gestão do governador José Pedro Taques (PSDB).

O senador do PR considera um equívoco que os líderes e dirigentes de partidos insistam em fomentar nomes e não idéias. Os principais colocados até o momento são o próprio Pedro Taques, o ex-prefetio Mauro Mendes (sem partido), o senador Wellington Fagundes (PR), o conselheiro afastado Antônio Joaquim Neto, do Tribunal de Contas do Estado (TCE); e Procurador Mauro Lara, entre outros.

Cidinho observou que só será candidato em 2018 se voltar a ser companheiro de chapa do ministro da Agricultura e Pecuária, senador Blairo Maggi (PP), ou num projeto ampliado, para algum cargo majoritário. Em 2010, ele foi primeiro suplente na chapa de Maggi, tendo o ex-prefeito e ex-deputado Rodrigues Palma (PPS) como segundo suplente.





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