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Politica MT
Segunda - 29 de Janeiro de 2018 às 09:35
Por: Leonardo Heitor/folhamax

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Rui Ramos Ribeiro, respondeu a deputada estadual Janaina Riva (MDB), que o acusou de estar “100% comprometido” com o governador Pedro Taques. Para o magistrado, se ela quiser reclamar “o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não mudou de endereço”.

Rui Ramos respondeu as acusações de Janaina Riva pouco antes da posse do novo secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, e da nova Procuradora Geral do Estado, Gabriela Novis Neves. A parlamentar, em entrevista a rádio Capital FM, criticou o desembargador por intermediar uma reunião política entre o governador e o deputado federal Nilson Leitão, que vivem "momentos de tensão" dentro do PSDB. “A partir do momento que o presidente do Tribunal de Justiça Rui Ramos faz uma reunião de conciliação entre o PSDB e o Pedro Taques, se isso não é estar comprometido, eu não sei o que é estar comprometido”, disse a deputada.

Rui Ramos, ao responder, afirmou que respeita a parlamentar, mas que não se interessa pelos motivos dela ter feito a acusação. “Respeito a opinião, os pensamentos dela. Pouco me diz respeito, mas a respeito como ser humano, como mulher e como deputada, que certamente tem um futuro brilhante no Estado de Mato Grosso. Democracia é isso, os homens públicos estão sujeitos a isso. Não consigo compreender, mas ela deve ter seus motivos. E os motivos dela me interessam muito pouco, ou melhor, nada. Estou há 31 anos na magistratura, já passei na presidência do TRE, sou presidente do Tribunal. Se ela quiser conversar, como foi na época dos grampos, as portas estarão abertas”, afirmou o desembargador.

Ao ser questionado sobre o tal comprometimento com o governador, Rui Ramos afirmou que não sabe a qual processos isso pode ser referido. “Eu entendia um pouco de partido político quando estava no TRE. Quem fez tramitar o registro do PSD, que era do pai da deputada, fui eu. O registro foi feito na época que eu estava lá. Não entendi bem se são processos do Tribunal de Justiça ou Eleitoral. Não entendi bem que comprometimento seria esse, até porque não sei de qual processo seria”, disse.

O presidente do Tribunal de Justiça ainda ironizou a parlamentar, afirmando que, caso ela queira reclamar, que o Conselho Nacional de Justiça continua no mesmo lugar, em Brasília, além de questionar a formação acadêmica da parlamentar.

“Outra coisa, não sei qual a formação acadêmica da deputada. O pai dela foi meu aluno na faculdade de Direito. No mínimo deve ser bacharel em Direito e os meios para se resolver atrasos, ou se há desonestidade, estão dispostos na lei. E se não quer apresentar no Tribunal de Justiça porque não sou relator de nenhum processo das pessoas que teriam sido mencionadas, da base de oposição ou da base do Governo, eu não tenho nada a ver com isso. Eu não sei nem quantos processos seriam, não sou relator disso, nem julgo isso. E os relatores dos processos são responsáveis pela tramitação. Se ela quiser reclamar, pode reclamar na presidência, que a presidência toma as providências. Se não quiser, o CNJ não mudou de endereço, está lá em Brasília ainda, com todos endereços eletrônicos e físicos”, completou.





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