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Cidades/Geral
Terça - 30 de Janeiro de 2018 às 08:48
Por: Folhamax

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Dos mais de 2,8 milhões brasileiros entre 4 e 17 anos que estão foram da escola, 61.304 são de Mato Grosso, o segundo estado da região Centro-Oeste com maior número de meninos e meninas que não deverão ir às salas de aulas no início do letivo, previsto para fevereiro próximo. Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU).

Em todo país, o relatório da Unicef aponta que 93.5% das crianças e dos adolescentes de 4 a 17 anos estão na escola, conforme a Pnad 2015. Entretanto, os 6,5% que faltam significam mais de 2,8 milhões na mesma faixa etária que podem não comparecer às salas de aula. No Estado, 23.208 têm entre quatro e cinco anos, 5.255 têm entre 6 a 14 anos, e 32.842 estão na faixa etária dos 15 a 17 anos. No estado vizinho de Goiás, são 113.483, Mato Grosso do Sul são 49.930 e no Distrito Federal 31.803.

"Reverter a exclusão escolar é urgente. A cada ano que passam fora da escola, crianças e adolescentes têm seu direito de aprender negado e ficam ainda mais longe da garantia de outros direitos. A exclusão afeta justamente meninos e meninas vindos das camadas mais vulneráveis da população", disse Ítalo Dutra, chefe de Educação do Unicef no Brasil. Do total fora da escola, 53% vivem em domicílios com renda per capita de até meio salário mínimo.

Conforme o Unicef, para essas crianças e adolescentes, estar na escola pode ser a diferença entre vida e morte, entre ter seus direitos garantidos no presente, uma oportunidade no futuro, ou perpetuar um quadro de pobreza e vulnerabilidade. Por isso, é urgente que as autoridades públicas ligadas à educação enfrentem a exclusão escolar.

O entendimento é de que o primeiro desafio é encontrar cada um desses meninos e dessas meninas fora da escola e dar respostas específicas para as barreiras sociais, culturais e econômicas que os afastam das salas de aula, deixando-os invisíveis à gestão educacional.

"Não adianta, portanto, apenas ofertar vagas na escola. É necessário ir atrás de cada menino e menina, entender as causas da exclusão e tomar as medidas necessárias para garantir a (re)matrícula e a permanência na escola, aprendendo", destacou.

Muitas vezes, a criança que está invisível para o sistema educacional é bem conhecida pela equipe de saúde que visita o bairro em que ela mora, ou já está cadastrada em algum projeto da assistência social. “A chave para encontrá-la e levá-la à escola, portanto, está em um esforço conjunto das áreas de educação, saúde, assistência Social, entre outras”, aponta.

Também é necessária uma parceria com toda a sociedade, com o intuito de planejar, desenvolver e implementar políticas públicas que contribuam para a inclusão escolar.





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