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Sexta - 09 de Fevereiro de 2018 às 15:15
Por: Thaiza Assunção/Midia News

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A sargento da Polícia Militar, Andréia Pereira de Moura Cardoso, que depõem nesta sexta
A sargento da Polícia Militar, Andréia Pereira de Moura Cardoso, que depõem nesta sexta

A sargento da Polícia Militar Andréia Pereira Cardoso, que atuou nas interceptações clandestinas comandadas por policiais militares, está depondo agora à tarde ao juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar da Comarca de Cuiabá, na ação penal sobre o caso.

A audiências da ação investiga a conduta de policiais militares começaram nesta sexta-feira (9), após o magistrado levantar o sigilo dos autos.

Ela revelou que, diante da repercussão que o caso teve, temeu pela própria vida. "Diante da repercussão que teve na imprensa, meu nome foi divulgado, eu temi pela minha vida sim", afirmou, ao ser questionada pelo juiz.

Em seu depoimento, ela garantiu que, em nenhum momento, desconfiou que as interceptações pudessem ser criminosas, ou seja, sem o embasamento do Judiciário.

São réus do esquema o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa; os coronéis Evandro Alexandre Lesco e Ronelson Barros, ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, respectivamente; o coronel Januário Batista; e o cabo Gérson Correa Júnior. Dos cinco, apenas Zaqueu e Gérson continuam presos.

A policial militar contou que começou a trabalhar nas escutas, que funcionavam em um escritório na região central de Cuiabá, no início 2014, ficando no posto até julho de 2015.

Ela revelou que seu papel era ouvir as conversas, transcrevê-las e entregar o conteúdo ao cabo Gerson. “Os trabalhos lá no escritório foi até julho de 2015 mas depois continuou por 40 dias na minha casa”, afirmou. Ela também contou que, em nenhum momento, teve acesso às decisões judiciais e que apenas recebia uma lista com os nomes de quem estava sendo grampeado.

“Em nenhum momento desconfiei que eram escutas ilegais, afirmou. “Por ter sido um trabalho designado pelo comandante Zaqueu, nunca imaginei que fosse irregular”.

A sargento afirmou ainda que, depois quando passou a ouvir as gravações de sua casa, o fazia através de um aplicativo de celular, instalado pelo cabo Euclides Torezan, que também foi citado nas investigações.





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