CRESCIMENTO ECONÔMICO
Economia crescerá 2,7% em 2018, prevê órgão ligado ao Senado Segundo a IFI, o crescimento econômico, a inflação sob controle e o aumento de 1,81% no salário mínimo contribuirão para que a equipe econômica cumpra com folga a meta de déficit primário de R$ 159 bilhões em 2018.
A recuperação econômica levou a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, a revisar para cima as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) para 2018. Em relatório divulgado hoje (9), o órgão elevou de 2,1% para 2,7% a estimativa de crescimento da economia para este ano.
Apesar da elevação, a estimativa para 2018 é levemente inferior à projeção de 3% de crescimento divulgada pelo Ministério do Planejamento na semana passada. Em relação ao PIB de 2017, cujo resultado será divulgado em março, o órgão elevou de 0,72% para 1,1% a previsão de crescimento no ano passado.
Segundo a IFI, o crescimento econômico, a inflação sob controle e o aumento de 1,81% no salário mínimo contribuirão para que a equipe econômica cumpra com folga a meta de déficit primário de R$ 159 bilhões em 2018. O órgão estimou que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – fechará o ano com resultado negativo de R$ 148,5 bilhões.
O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo sem considerar o pagamento dos juros da dívida pública. A previsão da IFI é mais otimista que a apresentada pelo Ministério do Planejamento. Segundo o decreto de reprogramação orçamentária publicado na última sexta-feira (2), o déficit ficaria em R$ 154,8 bilhões, com folga de R$ 4,2 bilhões em relação à meta.
Apesar da melhoria das condições econômicas neste ano, a IFI recomenda a aprovação de reformas estruturais, como a da Previdência Social, para que o ajuste fiscal seja duradouro e as contas públicas não voltem a piorar nos próximos anos. O órgão também advertiu para os riscos de eventuais turbulências eleitorais sobre o crescimento econômico. “É importante ressaltar que existem riscos para a continuidade da recuperação cíclica da economia brasileira, oriundos sobretudo do cenário político-eleitoral em 2018 e do desafio de se reduzir o déficit primário e garantir a sustentabilidade da dívida pública”, destacou o relatório.
Criada em dezembro de 2016 por resolução do Senado Federal, a Instituição Fiscal Independente produz relatórios, notas técnicas, banco de dados e projeções econômicas que são levadas em conta pelos parlamentares na análise de projetos de lei e de medidas do governo. O órgão pode agir tanto por iniciativa própria como quanto por demandas específicas de senadores.
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