Bombeiros apontam que incêndio em algodão é risco permanente
De acordo com a assessoria dos bombeiros, o processo de combustão ou ignição espontânea no algodão depende de uma ação química (processo exotérmico de fermentação, sujeita a oxidação bacteriana), muito comum nas fibras do produto. Ela oxida e libera calor, se estiver confinada, o calor não pode escapar e pode haver o incêndio. Com a fermentação do algodão o fogo tem início e desenvolvimento muito lento, desencadeando-se de forma violenta quando chega a superfície do empilhamento com combustão alimentada pelo ar.
No caso das algodoeiras, os incêndios nos depósitos, geralmente não podem ser controlados em sua fase inicial e tendem a ser bastante severos. Num armazenamento em blocos sólidos, o fogo se inicia normalmente na parte exterior e se propaga para cima, porém, o calor inicia no centro do bloco. O fogo na base aquece o material imediatamente acima, dando início à sua combustão, além disso, o calor gerado entra em contato com outros blocos ou prateleiras que são separados por corredores e também começam a arder.
No transporte, umidade do algodão em pluma deve ser de até 10%, acima desse percentual ocasiona fermentação, podendo causar a sua combustão espontânea, por causa do aumento da temperatura. De acordo com os bombeiros, deve se tomar cuidado para evitar a umidificação do algodão em pluma, porque pode, na decomposição deste, liberar gases inflamáveis, e ocasionar risco de que a carga se incendeie durante o transporte, além do que a movimentação dos fardos na carroceria, pode gerar atrito (energia estática) e facilitar a combustão.
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